O documento é longo e muito complexo, mas aconselhável a todos os que queiram ficar por dentro do “caso Novak Djokovic“: a poucas horas de começar a audiência que se espera ser final no que diz respeito à deportação do tenista sérvio, o Tribunal Federal da Austrália divulgou o documento de 268 páginas que inclui todos os detalhes — entre eles, um dos pontos de vista que a equipa legal do número um mundial apresentará.
Entre os vários argumentos de defesa contra o cancelamento do visto e deportação de Djokovic, os seus advogados afirmaram que “fazê-lo prejudicaria os interesses económicos da Austrália e comprometeria a viabilidade da Austrália continuar a sediar o Australian Open.”
A ideia de que o Australian Open pode deixar a Austrália não é nova — tem sido repetida por diversas vezes ao longo dos anos por Craig Tiley, CEO da Tennis Australia e diretor do torneio.
Mas falta-lhe no fundamento o que tem de estratégica: trata-se de uma manobra (eficaz) do responsável para obter mais fundos para o torneio e a instituição, não sendo fundamentado que um torneio com a história e a importância do Australian Open possa partir para outros destinos, sobretudo depois de num curto espaço de 20 e poucos anos de ter evoluído do torneio para o qual as estrelas não viajavam ao torneio que todos consideram ter as melhores condições.