Scott Morrison, primeiro-ministro da Austrália, reagiu esta sexta-feira ao cancelamento do visto de Novak Djokovic decidido pelo ministro da Imigração, Alex Hawke, afirmando que os sacrifícios que a população fez desde o começo da pandemia “têm de ser protegidos.”
“Esta pandemia tem sido incrivelmente difícil para cada australiano, mas unimo-nos e salvámos vidas. Juntos alcançámos uma das taxas de mortalidade mais baixas, uma das economias mais fortes e uma das taxas de vacinação mais elevadas do mundo. Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam que os resultados desses sacrifícios sejam protegidos. E foi isso que o ministro fez ao agir hoje”, lê-se no comunicado emitido poucos minutos após a decisão ser anunciada.
Esta decisão surgiu oito dias depois de ter sido anunciada a deportação de Djokovic pela primeira vez e quatro dias após o juiz Anthony Kelly ter considerado que as autoridades da fronteira deram pouco tempo ao jogador para se explicar quando foi notificado no aeroporto de Melbourne em plena madrugada. Esse reconhecimento deu-lhe liberdade temporária, mas ainda antes do final da sessão os advogados do governo já tinham feito saber que era possível sobrepor essa decisão.
De acordo com o jornal The Age, as autoridades federais planeiam levar Djokovic para um centro de detenção ainda esta sexta-feira, a não ser que o sérvio opte por deixar o país.
Caso opte por recorrer da decisão, o tenista sérvio poderá enfrentar uma proibição de entrar na Austrália durante três anos.