O governo australiano anunciou, esta sexta-feira, o cancelamento do visto de Novak Djokovic pela segunda vez em oito dias, desta vez através do ministro da Imigração Alex Hawke, por considerar que o número um mundial, que não está vacinado contra a covid-19, pode representar um risco para a população.
O ministro da Imigração exerceu “um poder pessoal”, de acordo com a secção 133C(3) do ato de imigração, para cancelar o visto do número um mundial “na base de que era do interesse público fazê-lo“.
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Esta decisão surgiu oito dias depois de ter sido anunciada a deportação de Djokovic pela primeira vez e quatro dias após o juiz Anthony Kelly ter considerado que as autoridades da fronteira deram pouco tempo ao jogador para se explicar quando foi notificado no aeroporto de Melbourne em plena madrugada. Esse reconhecimento deu-lhe liberdade temporária, mas ainda antes do final da sessão os advogados do governo já tinham feito saber que era possível sobrepor essa decisão.
De acordo com o jornal The Age, as autoridades federais planeiam levar Djokovic para um centro de detenção ainda esta sexta-feira, a não ser que o sérvio opte por deixar o país.
Caso opte por recorrer da decisão, o tenista sérvio poderá enfrentar uma proibição de entrar na Austrália durante três anos.