Apesar de ter visto o filho ganhar “a primeira ronda” da batalha legal com o Governo Australiano, Srdjan Djokovic, o pai de Novak Djokovic, não ficou satisfeito com a reação das autoridades locais e teceu-lhes duras críticas na conferência de imprensa que a família organizou em Belgrado — a mesma que interrompeu quando foi confrontada com a participação do número um mundial em eventos já depois de ter testado positivo à covid-19.
“Hoje a autocracia mostrou a sua verdadeira face. Em oposição à decisão de um tribunal independente, o ditador Scott Morrison [primeiro-ministro do país] ordenou a detenção do meu filho, o vosso campeão mundial, e a sua deportação, proibindo-o de entrar no país durante três longos anos. O tribunal demonstrou que a lei existe na Austrália, mas o Scott atreveu-se a fazer justiça com as próprias mãos”, acusou na conferência de imprensa.
“Peço à Rainha Isabel II, líder da Commonwealth, que intervenha e proteja os direitos humanos do meu filho e interrompa a perseguição política que acontece desde que ele viajou para a Austrália. Peço a todos os australianos e ao mundo que levantem a vossa voz contra a o terror e as violações brutais dos direitos do melhor tenista do mundo”, acrescentou Srdjan Djokovic.
Na mesma conferência de imprensa, o pai do número um mundial apelidou a Austrália de “república das bananas” e considerou que nos últimos dias “o país tornou-se numa distopia e numa anedota para o mundo. Trataram o Novak Djokovic, o meu filho e vosso campeão mundial, como um prisioneiro político, como um prisioneiro em Guantánamo. Privaram-no do seu direito de jogar, da sua individualidade e da sua liberdade de expressão, mas afirmo publicamente que estas bestas políticas não o vão parar.”