Renata Vorácová perdeu o visto quando já estava em solo australiano pelas mesmas razões que Novak Djokovic, mas ao contrário do sérvio optou por aceitar a decisão do governo local e prepara-se para abandonar a Austrália, onde até chegou a competir nos últimos dias.
Em declarações ao Idness diretamente do quarto de hotel no qual foi isolada, a tenista checa de 38 anos, especialista da variante de pares, admitiu não ter dado entrada a nenhum recurso: “Não sei se a minha presença ia mudar alguma coisa. Espero que o Djokovic tenha sucesso em tribunal, mas no meu caso tudo ia demorar mais uns dias e não quero perder tempo nesta guerra política. O governo encontrou um vazio legal no protocolo de Victoria por causa do Djokovic.”
Tal como Djokovic, Vorácová também não está vacinada contra a covid-19 e entrou na Austrália com uma exceção médica, mas quis deixar claro que a sua situação é bem distinta da do líder do ranking ATP: “Estava a planear ser vacinada depois da época [de 2021] terminar, mas infelizmente apanhei covid-19 mesmo nessa altura. Depois não havia marcações para a vacina e tive de voar para a Austrália na semana seguinte. Não sou contra a vacinação como Djokovic, os nossos casos são muito diferentes.”
Ao mesmo órgão de comunicação social, Vorácová também explicou a forma como inicialmente viu permitida a sua entrada em Melbourne, onde esta semana competiu, inclusive, num WTA 250: “No aeroporto olharam para os meus documentos cuidadosamente, mas nunca se mostraram incomodados. Os serviços de fronteiras deixaram-me logo passar, só fiquei com as autoridades de Victoria enquanto enviavam os meus documentos para algum lado, mas confirmaram logo a minha entrada no país sem problemas.”
