Ex-diretor do Australian Open junta-se aos protestos por Djokovic e fala em “situação vergonhosa”

Paul McNamee, ex-glória da variante de pares e ex-diretor do Australian Open, juntou-se esta sexta-feira aos fãs de Novak Djokovic que protestam à porta do Park Hotel, em Melbourne, contra a forma como o processo de entrada no país está a desenrolar-se.

Nas redes sociais, o ex-número um mundial de pares, detentor de quatro títulos em torneios do Grand Slam e mais tarde diretor do Australian Open escreveu que “então agora a tenista checa Renata Voracova foi detida tal como o Novak [Djokovic]. Isto é demasiado e fez-me visitar os sérvios que vieram até à porta do Park Hotel como presente de Natal. Também estou enojado pela forma como os refugiados estão presos aqui. Sinto-me envergonhado.”

A situação “explodiu” na terça-feira, quando Djokovic recorreu às redes sociais para anunciar que estava a caminho de Melbourne graças a uma “permissão de isenção” da vacina contra a covid-19. Poucas horas depois, o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, afirmou que o sérvio “voltará a casa no primeiro avião se não tiver uma boa explicação”.

Pouco depois, soube-se que o número um mundial aterrou no país com o visto errado, viu o governo de Victoria negar-lhe apoio e ficou retido no aeroporto de Melbourne em plena madrugada durante mais de oito horas, sem contacto com o exterior ou a equipa técnica — que por estar toda vacinada recebeu autorização para entrar na cidade.

Não tardou a ser anunciado que as autoridades australianas revogaram o visto a Djokovic e ordenaram a sua deportação, mas a sua equipa legal conseguiu fazer com que recebesse autorização para ficar de quarentena num hotel até segunda-feira, quando será conhecida a decisão final relativamente à deportação.

Já esta sexta-feira, a imprensa australiana fez saber que na base do problema poderá ter estado um e-mail com informação falaciosa enviado pela Tennis Australia aos jogadores há exatamente um mês. E não só: uma jogadora e um elemento do staff do torneio comunicaram que iriam abandonar o país “nas próximas horas” por estarem em situações semelhantes às de Djokovic.

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