MAIA — Nuno Borges falhou a tão desejada conquista ao perder por 5-7, 7-5 e 6-2 para Chun-hsin Tseng na final de singulares do “seu” torneio, o Maia Open, mas depois do 135.º e último encontro de uma longa época conseguiu distanciar-se das emoções e fazer um balanço extremamente positivo do que alcançou ao longo de 2021.
“Foi um bom encontro. Depois de ganhar o primeiro set devia ter entrado melhor no segundo, principalmente pelo ascendente que tinha, mas ele aguentou-se bem, eu falhei um bocadinho mais aqui e ali e depois já me senti desgastado no terceiro. Há uma ou outra coisa que preciso de aperfeiçoar para ter mais facilidades em dar a volta ao encontro numa próxima vez“, admitiu o maiato de 24 anos, que liderou por 7-5 e 5-4 (sem break) e já no terceiro set teve um break point antes de ver o adversário fugir no marcador.
Na derradeira conferência de imprensa da quinzena, Nuno Borges também reconheceu que sentiu o desgaste de correr atrás de Tseng na pontuação: “Nem só os breaks iniciais, porque no terceiro até tive um break point primeiro, mas ele começa sempre muito bem os jogos. Entrei muito mais vezes 30-0 ou 0-30 abaixo do que ele e isso foi-me desgastando, enquanto ele manteve sempre uma intensidade muito alta do início ao fim. No final isso notou-se e ele fez por merecer a vitória.”
Apesar de ter sido chamado a fazer um balanço pouco depois da conclusão da final, Nuno Borges conseguiu distanciar-se da frustração e falar das duas semanas de Maia Open de forma positiva: “Não vou olhar na derrota, vou olhar para as meias-finais, a final e para os dois títulos de pares que conquistei. Vou entrar no top 200 à custa destes torneios, cimentei ainda mais a minha qualificação para o Australian Open e é para isso que tenho de olhar.”
E não é para menos, porque daqui a 15 dias já estará a adaptar-se ao fuso horário de Melbourne para competir pela primeira vez num torneio do Grand Slam como profissional.