Gastão Elias admite: “Nunca me senti confortável e ele mereceu mais”

Sara Falcão/FPT

MAIA – Gastão Elias não conseguiu novo apuramento para os quartos de final na Maia e o reencontro com Nuno Borges. No final do desaire frente ao espanhol Nikolas Sanchez Izquierdo, Elias passou pela sala de conferências de imprensa do Complexo Municipal de Ténis da Maia para fazer o rescaldo do desaire, resumir a temporada que agora terminar e antever o início de 2022.

“Ele foi mais consistente do que eu hoje e mereceu mais. Em nenhum momento achei que joguei bem, nunca me senti confortável. Foi uma prestação fraca da minha parte e isso, com o facto de ele ter jogado bem, acabou por ser uma mistura bombástica”, analisou o atual 219 do ranking ATP, que ainda referiu não estar a 100% do ombro direita, mas que estava “bem melhor”.

Mesmo com apenas um triunfo neste segundo Maia Open (no primeiro somou dois), Gastão Elias não vê a última prova do ano – ainda que na cabeça do tenista de 31 anos já esteja na nova temporada – de forma negativa. “Esta semana foi estranha, com um pouco de tudo. Antes da primeira ronda não sabia se ia jogar por causa do ombro. Acabei por ganhar, mas foi um jogo comprido e tive de recuperar. Mentalmente andei mais desligado do ténis em si e isso reflete-se dentro do campo, reflete-se na organização e consistência. Num desporto profissional, decidido nos detalhes, pode acontecer o que aconteceu nestes dois jogos, uma prestação abaixo do normal. Mas não deixa de ser uma semana mais ou menos positiva porque fiz dois jogos intensos e de longa duração. Em termos físicos estou bem melhor do que a semana passada e isso é um ponto positivo. É assim que vou olhar para este torneio”.

Com o Open da Austrália (a temporada seguinte) no horizonte – e com o objetivo claro de regressar ao top 100 mundial -, o lourinhanense ficou satisfeito com o que fez este ano, mas tem uma espinha encravada. “Não me posso queixar de 2021. Nunca duvidei do meu potencial e sabia que era uma questão de estar bem fisicamente para os resultados aparecerem. No entanto, acho que podia ter feito mais. Foi pena que no melhor momento da época me tenha lesionado no cotovelo e isso fica entalado. Podia estar agora confortavelmente dentro do top 200”.

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