O nada a perder transformou-se em glória e Blancaneaux viveu uma semana inesquecível no Maia Open

Sara Falcão/FPT

MAIAGeoffrey Blancaneaux chegou a Portugal com poucas esperanças depois de um longo fim de semana de interclubes em Itália, o que fez com que o que se seguisse ganhasse contornos ainda mais surpreendentes: o francês, que nunca tinha disputado as meias-finais de um torneio Challenger, terminou o Maia Open I como campeão, um título que para além de inédito também lhe garantiu a melhor classificação da carreira e a presença no qualifying do Australian Open.

“Não estava nada à espera”, desabafou entre risos quando questionado sobre a sua crença em relação aos objetivos inéditos que tinha de alcançar esta semana para garantir o bilhete de avião até à Austrália. “Tive jogo de interclubes em Itália no domingo, portanto cheguei muito tarde a este torneio. Então vim a pensar que não tinha nada a perder e o ponto-chave acabou por ser o walkover. Nunca tinha estado numas meias-finais e com o walkover aconteceu, por isso pensei que tinha de aproveitar a oportunidade e foi isso que fiz.”

Depois de beneficiar da desistência de Gastão Elias, lesionado no ombro direito, o parisiense de 23 anos derrotou Nuno Borges nas meias-finais e, já este domingo, Chun-hsin Tseng numa final que literalmente lhe tirou o sono. “Não dormi nada bem”, revelou entre muitos sorrisos. “Estava tão nervoso que acordei às 4 horas da manhã. Tentei manter-me relaxado e demorar o meu tempo porque só queria entrar em court e viver tudo isto.”

E “tudo isto” acabou por transformar-se no título mais importante de Geoffrey Blancaneaux como tenista profissional, uma vitória que naturalmente considerou diferente da que lhe permitiu conquistar o torneio júnior de Roland-Garros em 2016 (“por ser um Grand Slam, em casa e com todas as rondas que se tem de ganhar”), mas que o sorriso deixou claro não vir a esquecer.

Este título significa muito para mim. Foi um ano ano bastante difícil, em que tomei algumas decisões más e estive muito tempo lesionado, por isso este título é tudo”, afirmou o francês depois de um verdadeiro dia de ouro.

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