Nuno Borges desanimado: “Podia ter ganho hoje e teria boas hipóteses na final”

Sara Falcão/FPT

MAIA – O maiato Nuno Borges ficou a um passo da final de singulares do Maia Open, cedendo para o francês Geoffrey Blancaneaux com várias chances no set inaugural. Horas depois, voltou ao court ao lado do amigo Francisco Cabral para arrecadar novo título de pares e instantes após passou pela sala de conferências de imprensa do Complexo Municipal de Ténis da Maia para fazer a resenha de um dia de emoções fortes.

Ainda a tentar digerir a dura derrota – dispôs de dois set points quando serviu para fechar o primeiro parcial -, Borges estava visivelmente desanimado, mesmo que o título de pares tenha desanuviado um pouco os sentimentos negativos. “Senti que hoje não tive tanta chama. Deixei fugir aquele primeiro set e depois não arranjei maneira de me agarrar, fiquei muito frustrado. E a este nível já não posso esperar que me ofereçam jogos para voltar a entrar no encontro e ele jogou bem do início ao fim. No segundo set não tive grande hipótese pela maneira como joguei. Tenho de olhar para o torneio na globalidade, aprender um pouco com o jogo de hoje e para a semana há que tentar fazer melhor”, começou por dizer o número três nacional da próxima segunda-feira.

“Há dias assim. O primeiro dia aqui foi muito desgastante mentalmente e se calhar acumulou e cheguei ao meu limite. Tem de ser algo que terei de melhorar, manter-me no encontro, não deixar fugir daquela forma e entender o jogo melhor, porque às vezes não percebo porque me está a fugir. E isso deixa-me sem saber o que fazer e aí é que perco mesmo a chama. Quando estou ativo jogo melhor, hoje falhei nisso”, apontou.

Será que o tenista de 24 anos vai ter pesadelos com as duas chances perdidas no primeiro parcial? Borges prefere olhar para o duelo na totalidade. “Estava a falhar muito cedo nas jogadas e a perder mais trocas de bola do que a ganhar. Além disso, deixei-o ficar demasiado a tomar conta do encontro e não fui tão agressivo como no início do primeiro set. Foi aí que falhei e mentalmente não estive bem”.

Nuno Borges ficou agastado com a possibilidade de estar a desiludir todo o público que o veio apoiar. “Custou-me perder aquele set daquela maneira e depois entrei num moinho de negatividade do qual não consegui sair. Custa-me não ter dado nada ao público. É a parte de que me arrependo mais e que tenho de fazer melhor”.

Já a olhar para a segunda semana, na qual depositada bastantes expetativas, o bicampeão nacional de singulares e pares diz sair “satisfeito” desta semana, mas não esconde a oportunidade desperdiçada de contar novo Challenger, e logo em casa. “Achei que podia ter ganho hoje e que teria boas hipóteses na final. Estava a jogar a meia-final, porque não mais? Mas uma meia-final é sempre uma meia-final, que fosse sempre assim”, rematou.

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