MAIA – Chegou à Maia com o intuito de marcar presença no qualifying do próximo Open da Austrália e a tarefa parece bem encaminhada. Depois da primeira meia-final a nível Challenger, Geoffrey Blancaneaux surpreendeu o favorito local Nuno Borges e vai este domingo disputar um dos encontros mais importantes da carreira.
“Estou muito feliz. Joguei um encontro muito bom hoje frente ao Nuno. Foi muito duro defrontá-lo em casa, mas mantive-me concentrado em cada ponto. Penso que a chave foi o primeiro set, se tenho perdido esse parcial acho que o Nuno teria vencido”, comentou o francês de 23 anos em conferência de imprensa, não esquecendo os dois set points que salvou no 12º jogo do parcial inaugural, na resposta.
Com muita utilização de amorties e alguns serviços-vólei, Blancaneaux trouxe a lição bem estudada. “Foi devido ao court, bem diferente do court 4. O Court Central é mais lento e dá tempo para vir para a rede e por isso mudei ligeiramente a tática. Mas eu normalmente jogo assim, faz parte do meu jogo”, afirmou o antigo número cinco mundial de juniores e vencedor de Roland-Garros em 2016, que tem como melhor amigo o também gaulês Hugo Gaston, um dos maiores especialistas dos amorties no circuito.
Depois de bater dois portugueses rumo à final, um triunfo do francês no derradeiro encontro confirmaria, provavelmente, o bilhete para os antípodas. Derradeiro encontro que será também o primeiro no ATP Challenger Tour frente a Chun-hsin Tseng, a quem derrotou em Setembro, em Istambul.
“Ele é um grande jogador. Jogámos há uns meses em hard courts, mas agora será em condições bem diferentes”, alertou. “Penso que ele será o favorito pelo ranking. Mas tudo pode acontecer. Não tenho nada a perder e cada encontro para mim é uma dádiva porque ma primeira ronda estive com break abaixo no terceiro set [frente ao espanhol Nikolas Sanchez Izquierdo]. A partir daí estou a desfrutar de cada segundo em court“.