Novak Djokovic esteve mais de um mês e meio sem competir, mas quando o voltou a fazer só parou de troféu nas mãos: este domingo, o número um mundial derrotou Daniil Medvedev por 4-6, 6-3 e 6-3 para conquistar o ATP Masters 1000 de Paris pela sexta vez e recuperar o recorde de títulos em torneios desta categoria — já são 37, mais um do que Rafael Nadal e nove de vantagem em relação a Roger Federer.
Títulos | Jogador (no ativo a bold) |
---|---|
37 | Djokovic |
26 | Nadal |
28 | Federer |
17 | Agassi |
14 | Murray |
11 | Sampras |
8 | Muster |
7 | Chang |
5 | Zverev, Becker, Kuerten, Rios, Roddick, Courier, Safin |
De regresso após a célebre derrota na final do US Open, onde falhou o tão desejado, ambicioso e difícil Grand Slam (conquistar os quatro Majors num só ano), Djokovic já tinha atingido o objetivo principal da viagem a Paris, isto é, o sétimo ano-recorde no topo da liderança do ranking ATP. Mas — e como é seu apanágio — o tenista de Belgrado não se contentou com o feito alcançado na véspera e lutou com unhas e dentes pela reviravolta.
Numa final eletrizante entre os dois melhores tenistas da atualidade, Medvedev começou melhor. Com menos erros, muita consistência e uma solidez psicológia invejável, o tenista russo só tropeçou ao quarto jogo, quando perdeu o precoce break de vantagem, mas foi rápido a reagir e venceu de forma segura e justa a primeira partida. Depois, Djokovic foi Djokovic: elevou os níveis de agressividade, reduziu os erros e reentrou na final graças a um segundo parcial livre de erros significativos.
A mudança de ascendente foi fatal para Medvedev, que apesar de ter oferecido réplica ao longo do terceiro set (ainda recuperou de um dos breaks de desvantagem) já não conseguiu criar as mesmas dificuldades a Djokovic. Campeão em título, o russo teve de se conformar com o troféu de vice-campeão — de forma virtual o “segundo” em dois dias, depois de no sábado ter visto concluída a luta pelo estatuto de número um no final do ano.
A vitória no Masters 1000 de Paris também permitiu a Novak Djokovic conquistar o 86.º título da carreira. Neste capítulo, o sérvio só fica atrás de Rafael Nadal (88), Ivan Lendl (94), Roger Federer (103) e Jimmy Connors (109).