À entrada para o primeiro de dois frente-a-frente decisivos na jornada desta quarta-feira as contas eram simples: a França precisava de vencer a Rússia por 3-0 para carimbar o apuramento para as meias-finais das Billie Jean King Cup Finals — a nova fase final da velha Fed Cup — e até esteve bem encaminhada para o fazer, mas Anastasia Pavlyuchenkova impediu o triunfo de Alizé Cornet e deu ao seu país a primeira vaga na fase a eliminar.
Em Praga, na República Checa (país que acolheu quase à última hora uma competição que devia ter surgido em 2020, mas que foi adiada pela pandemia, e acontecido em Budapeste, que abdicou da organização), o dia começou com uma vitória extraordinária de Clara Burel.
Com apenas 20 anos, a tenista francesa — vice-campeã do Oeiras Ladies Open em abril — foi chamada a representar o seu país pela primeira vez e não só o fez como registou a primeira vitória da carreira sobre uma jogadora do top 50 ao aplicar os parciais de 3-6, 6-4 e 6-3 a Ekaterina Alexandrova. Superado o primeiro e em teoria mais difícil desafio, as campeãs em título (a França venceu a última final tradicional da competição em Perth, contra a Austrália) dependiam de Alizé Cornet.
E a número 59 mundial começou bem, ao vencer o primeiro set, mas não conseguiu manter o ascendente e acabou por ver Anastasia Pavlyuchenkova (12.ª WTA) dar a volta ao encontro para vencer por 5-7, 6-4 e 6-2. A vitória da russa “só” empatou o embate entre os dois países, mas foi suficiente confirmar o primeiro lugar do Grupo A para a Federação Russa de Ténis (legamente o país continua impedido de participar em competições).
Nas meias-finais, a Rússia — ou Federação Russa de Ténis — irá defrontar ou a Espanha ou os Estados Unidos da América. A seleção europeia, que à última hora viu Garbiñe Muguruza e Paula Badosa abdicarem da viagem até Praga para se concentrarem no WTA Finals da próxima semana, avançará em caso de vitória, mas também caso perca por 2-1 para os EUA e termine o frente-a-frente com o mesmo número de sets ganhos.