Rocha, Faria e Gomes com ilações diferentes sobre as passagens pelo Braga Open

Sara Falcão/FPT

BRAGAHenrique Rocha, Jaime Faria e Miguel Gomes foram os três jogadores portugueses que participaram no qualifying do Braga Open. Nenhum deles conseguiu vencer, mas as exibições deste domingo resultaram em ilações diferentes à passagem pela terceira edição do Challenger do Minho, que marcou o regresso dos três ao mais alto nível depois de alcançarem objetivos distintos no circuito mundial de juniores.

“Ele entrou bastante bem no encontro e eu estava a deixar as bolas demasiado curtas, mas no segundo set consegui jogar bolas mais compridas, ganhei coragem nalguns momentos e também servi melhor, mas quando servi para fechar o segundo set senti um bocadinho o momento e a pressão e falhei uns primeiros serviços que eram importantes, mas estou bastante contente com o meu nível”, considerou Henrique Rocha após a derrota por 6-2 e 7-5 para o espanhol Nikolas Sanchez Izquierdo (347.º ATP).

Recém-consagrado campeão nacional de sub 18 pela primeira vez, o jovem tenista maiato —que faz parte do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis — revelou que até ao final da temporada apostará nos torneios ITF organizados em Portugal antes de voltar a apostar no circuito júnior em 2022 para “atacar” os torneios do Grand Slam.

Jaime Faria também fez um balanço positivo da participação, no caso a primeira da carreira em torneios do circuito Challenger (em singulares): “Foi um encontro equilibrado. Entrei nervoso porque era o meu primeiro torneio Challenger, mas à medida que o encontro avançou fui-me adaptando, percebi o estilo de jogo dele e consegui equilibrar o encontro. Tive algumas oportunidades que desperdicei e sinto que podia ter feito mais, mas não é um resultado que transmita muito bem o que aconteceu”, afirmou acerca da derrota por 6-0 e 6-2 para o alemão Sebastian Fanselow (416.º ATP).

Ao contrário do compatriota e colega de treinos, Jaime Faria vai focar-se a 100% no profissionalismo, uma vez que este foi o último ano como júnior. Na despedida, o lisboeta fez um “balanço muito positivo”, com destaque para a primeira participação ao serviço de Portugal, primeiro ao chegar aos quartos de final do Campeonato da Europa Individual, depois ao contribuir para a passagem da seleção portuguesa à fase final da competição por equipas.

Dos três, Miguel Gomes foi o que saiu menos satisfeito do Clube de Ténis de Braga, ao perder por 6-0 e 6-1 face ao alemão Peter Heller (397.º ATP): “Era um adversário forte e um nível diferente daquele em que tenho jogado, por isso preciso de me adaptar. Passar dos juniores para os seniores não é fácil e tenho de me adaptar, ter um ténis mais adulto, aceitar e continuar a trabalhar”, explicou o jovem tenista do Centro de Alto Rendimento, que planeia “aproveitar a oportunidade e jogar todos os torneios ITF que a Federação apoiou para começar a ganhar pontos e melhorar o meu ténis.”

Recém-regressado do US Open, onde alcançou mais um quadro principal em torneios do Grand Slam, o jovem lisboeta destacou a terceira participação consecutiva a esse nível e a possibilidade de observar de perto o verdadeiro nível de alguns dos melhores tenistas do planeta, duas experiências que o motivam na abordagem ao profissionalismo.

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