Desfeito o sonho de completar o Golden Slam ao ser derrotado por Alexander Zverev nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Novak Djokovic parte para Nova Iorque em busca de se tornar o segundo homem da Era Open a vencer os quatro torneios do Grand Slam num só ano, 52 anos após o feito de Rod Laver.
Segundo o antigo número um mundial e ex-técnico do sérvio, Boris Becker, o fracasso em Tóquio deveu-se ao cansaço mental acumulado em 2021: “O Novak estava mentalmente muito perturbado nos Jogos Olímpicos. Jogou bem em alguns momentos, mas estava no limite da sua carga mental e, quando perdeu diante do Sascha [Zverev], teve realmente um colapso.”
“Ele nunca dececionaria o seu país, só estava mentalmente e fisicamente incapaz de conseguir vencer. Claro que apareceram as críticas, mas esse é o lado mau da fama dele. É criticado muito mais do que qualquer outro jogador de ténis, um preço que ele teve a pagar por muito tempo”, lamentou o alemão em declarações feitas no Eurosport.
Becker frisa que a ausência de Djokovic dos Masters de Toronto e de Cincinnati se deveu a evitar uma sobrecarga física e mental: “Completar o Grand Slam é a tarefa mais complicada no circuito, se ele tivesse continuado a jogar, teria perdido o fôlego agora para a segunda semana em Nova Iorque. Não é uma preparação ideal, normalmente joga sempre pelo menos um torneio de preparação para o US Open, mas este ano é diferente.”