A caminhar a passos largos para se tornar o primeiro homem da história a completar o Golden Slam (só Steffi Graf o fez, em 1988), Novak Djokovic lançou algumas dúvidas e incertezas em relação à participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que se disputam entre 24 de julho e 1 de agosto.
Totalmente invicto esta temporada em provas do Grand Slam com a conquista deste domingo em Wimbledon, Novak Djokovic está cada vez mais próximo de completar um ano em pleno com as eventuais conquistas dos dois restantes eventos mais importantes de 2021: o torneio olímpico de ténis e o US Open. Mas as restrições inerentes ao contexto pandémico que ainda persiste no Japão obrigaram o sérvio a ponderar a possível ida.
“Soube da notícia há alguns dias, é uma pena acontecer isso. Também ouvi dizer que vão haver muitas restrições na cidade olímpica, certamente não será possível conviver com outros atletas pessoalmente. Tenho de pensar, o meu plano sempre foi ir aos Jogos Olímpicos, mas agora estou muito dividido. Diria que existem 50% de hipóteses de eu ir”, equacionou Novak Djokovic, depois de erguer o título de campeão de Wimbledon.
A lista de desistências para Tóquio já está bem preenchida, com a ausência de grandes nomes de relevo na competição masculina: Rafael Nadal, Dominic Thiem, Denis Shapovalov, Nick Kyrgios, Guido Pella e Juan Martin del Potro são alguns dos que prescindiram ou foram forçados a falhar a viagem por lesão.
O ouro nos Jogos Olímpicos é um dos poucos alvos ainda por alcançar por Novak Djokovic: em Pequim 2008, ano em que se estreou no evento, o sérvio conseguiu a medalha de bronze após bater James Blake na decisão pelo terceiro lugar; em Londres 2012 cedeu diante de Juan Martin del Potro para terminar como quarto classificado e no Rio 2016 teve o mesmo ‘carrasco’ argentino para o travar logo na estreia.