PORTO — O azar voltou a bater à porta de Frederico Silva (176.º ATP), que desistiu em pleno encontro da segunda ronda do Porto Open com Tatsuma Ito (227.º) quando o japonês liderava por 6-4 e 1-0, devido a uma lesão no pé direito que já o tinha perturbado esta época.
“É a segunda vez este ano que tenho esta lesão. Tive-a em março e joguei alguns torneios com dores, a tentar gerir a carga até que a dor começou a ser bastante limitativa e achámos melhor parar para recuperar. Consegui pôr-me bom para competir antes do Millennium Estoril Open e estive até agora a competir bem, mas na semana anterior a Wimbledon voltei a sentir a dor a voltar, durante o torneio foi piorando e quando cheguei aqui senti que se agravou”, explicou o caldense em conferência de imprensa.
Com dores “demasiado limitativas para ser competitivo a este nível” e que podiam “piorar ainda mais” o pé direito, Frederico Silva reconheceu que “um dia a mais entre a primeira e a segunda ronda sem dúvida que me ia ajudar, porque neste tipo de coisas o descanso é sempre a melhor solução, mas infelizmente por razões de programação e secções do quadro não me conseguiram colocar a jogar na quinta-feira e tive que tentar jogar com o que tinha.”
Limitado, o número três nacional tem dúvidas em relação ao calendário das próximas semanas. Sem limitações físicas viajaria do Porto para Salzburgo, na Áustria, para jogar um Challenger de 132.280 euros e em terra batida. Assim, terá de aguardar pela realização de exames para saber qual será o próximo torneio, tarefa agravada por um calendário internacional parco em marcações de torneios devido à situação pandémica.