João Sousa (109.º do ranking ATP) e Pedro Sousa (108.º) são dois dos quatro tenistas portugueses com presença confirmada no qualifying de Wimbledon, mas os desenvolvimentos dos últimos dias e em particular das últimas horas colocaram os dois jogadores lusos a duas e três desistências, respetivamente, de entrarem diretamente no quadro principal.
Rafael Nadal abdicou, na manhã desta quinta-feira, da viagem até Londres (bem como a Tóquio, para os Jogos Olímpicos) e pouco depois também David Goffin anunciou a desistência de Wimbledon, pelo que o vimaranense ficou a apenas duas desistências de chegar ao quadro principal, enquanto o lisboeta precisa de uma terceira para seguir o mesmo caminho.
Apesar de atualmente ser o melhor português no ranking ATP, Pedro Sousa estava atrás de João Sousa quando a lista do quadro principal de Wimbledon “congelou”, razão pela qual ocupa uma posição atrás do compatriota.
A confirmarem-se as desistências, que terão de ser oficializadas até domingo, dia em que se realiza o sorteio do qualifying, João Sousa participará pela sétima edição consecutiva no quadro principal do Grand Slam britânico, ele que este ano defende os 180 pontos relativos à histórica chegada à quarta ronda na edição de 2019, em que só foi travado por Rafael Nadal. Para Pedro Sousa, esta significaria a primeira presença da carreira no quadro principal, depois de três passagens pelo qualifying (caiu na primeira ronda em 2012 e 2015, nesse ano para Gastão Elias, e na terceira em 2017).
Outro efeito da entrada direta no quadro principal seria a possibilidade de ambos jogarem mais um torneio antes de viajarem para Londres: João Sousa está inscrito no qualifying do ATP 250 de Maiorca, em relva, enquanto Pedro Sousa é o segundo cabeça de série do Challenger de Milão.
Frederico Silva (173.º do ranking ATP) e João Domingues (241.º) também têm participação confirmada no qualifying de Wimbledon, mas as classificações que ocupam não lhes permitem aspirar a uma entrada direta de última hora no quadro principal.