Barbora Krejcikova dá final feliz ao conto de fadas com título em Roland-Garros

Esteve a um ponto de ser eliminada nas meias-finais frente a Maria Sakkari, mas prevaleceu e este sábado tornou-se uma campeã do Grand Slam. A checa Barbora Krejcikova, que quando a última edição de Roland-Garros decorreu nem sequer estava no top 100 mundial, conquistou a vitória mais importante da carreira diante de Anastasia Pavlyuchenkova — 6-1, 2-6 e 6-4 — e é a nova campeã do torneio parisiense.

Campeã de pares na edição de 2018, Krejcikova sabia o que é vencer na terra batida de Roland-Garros, mas nunca o tinha feito na variante de singulares. A tenista de 25 anos entrou no quadro principal de um Grand Slam apenas pela quinta vez na carreira — Pavlyuchenkova disputou o 52.º quadro principal e atingiu a primeira final — e foi caminhando, jogo a jogo, até à grande decisão. Com uma entrada de grande nível, a número 33 mundial venceu o primeiro set em pouco mais de 30 minutos e colocou-se mais perto do título.

A reação de Pavlyuchenkova, contudo, não podia ter sido melhor. Depois de um primeiro parcial desequilibrado para o lado da checa, a tenista russa — que podia tornar-se na terceira tenista mais velha a conquistar o primeiro Grand Slam da carreira — fez a balança desequilibrar por completo para o seu lado na segunda partida e igualou o marcador. No terceiro set, Krejcikova fez o break primeiro, mas Pavlyuchenkova fez o contra-break.

A checa voltou a insistir, quebrou o ‘saque’ à 31.ª cabeça de série e avançou para o 5-3 no marcador. Chamada a servir para se manter na discussão da final, Pavlyuchenkova enfrentou os primeiros dois championship points, mas sacudiu ambos para longe, fechou o jogo nas vantagens e passou a “batata quente” para o lado de Krejcikova. A checa assumiu a responsabilidade, não acusou a pressão do momento e fechou o embate ao quarto championship point para se tornar, ao fim de uma hora e 56 minutos, na terceira campeã da história de Roland-Garros que não foi cabeça de série, seguindo as pisadas de Jelena Ostapenko (2017) e Iga Swiatek (2020).

Barbora Krejcikova é ainda a quinta tenista na história de Roland-Garros a vencer a prova depois de eliminar um match point durante o torneio (a última tinha sido Justine Henin, em 2005). A atleta natural de Brun é agora detentora de dois títulos WTA (conquistou o troféu em Estrasburgo já esta temporada) e vai estrear-se no top 15 mundial. Krejcikova vai subir 18 posições e chegar ao 15.º posto do ranking WTA, um novo máximo de carreira.

Notícia atualizada pela última vez às 16h29.

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