Emoção, emoção, emoção. Foram precisas 3h19, vários match points (para ambos os lados) e muito bom ténis para se conhecer a segunda finalista de Roland-Garros, com Barbora Krejcikova a derrotar Maria Sakkari por 7-5, 4-6 e 9-7 na meia-final mais longa da história do torneio na Era Open para se juntar a Anastasia Pavlyuchenkova numa final muito inesperada em Paris.
A disputar apenas o quinto quadro principal da carreira em torneios do Grand Slam, a número 33 mundial (é sétima no ranking de pares e está nas meias-finais…) foi a primeira a enfrentar um match point, mas conseguiu salvá-lo e depois de desperdiçar os primeiros quatro converteu o quinto para assegurar a maior vitória da carreira depois de um encontro frenético e com que sempre sonhou — foi a própria a admitir, nas primeiras declarações depois de carimbar o triunfo, que sempre ambicionou disputar um duelo equilibrado e emocionante como o desta quinta-feira.
Natural de Brun, Krejcikova só tinha disputado o quadro principal de Roland-Garros em duas ocasiões (primeira ronda em 2018, quarta em 2020) e ainda nem participou nos de Wimbledon e US Open, mas encontrou em Paris a conjugação de fatores necessária para escrever uma das campanhas mais notáveis da história do circuito feminino, independentemente do que aconteça na final de sábado.
Mas uma coisa é certa: o torneio de Roland-Garros coroará uma nova campeã de torneios do Grand Slam, uma vez que frente a frente com Barbora Krejcikova estará a também estreante Anastasia Pavlyuchenkova. Aos 29 anos, a russa tornou-se na tenista de que mais tentativas precisou (54 participações em quadros principais) até chegar à final de singulares de um dos quatro “Majors” ao vencer Tamara Zidansek por 7-5 e 6-3 na primeira meia-final.