A bielorrussa Aryna Sabalenka nunca ultrapassou os oitavos de final num torneio do Grand Slam, mas a forma recente que tem atravessado faz crer que poderá quebrar o enguiço em Roland-Garros. Para já, a número quatro mundial entrou a vencer, este domingo, numa primeira ronda complicada frente a Ana Konjuh (144.ª WTA).
Num encontro recheado de quebras de serviço, Sabalenka mostrou-se em vários momentos frustrada — com razão — com o que ia acontecendo na quadra. Apesar da vitória por 6-4 e 6-3, a bielorrussa não terá ficado satisfeita nem com os 31 erros não-forçados que cometeu, nem com os vários contra-break que sofreu ao longo do encontro.
Ainda assim, perante uma Konjuh a regressar ao melhor nível mas que assentou numa estratégia de procurar rapidamente o winner, Sabalenka teve engenho para apresentar um ténis mais variado e beneficiar disso para sair por cima. A terceira cabeça de série rubricou 24 winners (o dobro de Konjuh) e venceu 67% dos pontos com o primeiro serviço num encontro onde o segundo ‘saque’ de ambas esteve muito abaixo do desejado: 33% de pontos ganhos com a segunda bola para Sabalenka, 29% para Konjuh.
A tenista de 23 anos segue para a próxima ronda — a segunda — e vai defrontar a wild card Diane Parry (307.ª) ou a compatriota Aliaksandra Sasnovich (103.ª). A atleta natural de Minsk procura em Paris superar a terceira ronda alcançada em 2020, o melhor registo da carreira no Grand Slam parisiense.