Estalou o verniz em Paris. Depois de ter anunciado durante a semana que não iria fazer qualquer conferência de imprensa durante o Grand Slam parisiense por considerar que as conferências pós-jogo são “pontapear uma pessoa enquanto ela está no chão”, a número dois mundial cumpriu a promessa. Depois de ter derrotado Patricia Maria Tig na estreia, Osaka não compareceu na sala de imprensa de Roland-Garros e a organização teve mão pesada.
Num comunicado emitido em conjunto com os outros três torneios do Grand Slam (Australian Open, Wimbledon e US Open), a organização do torneio francês anunciou que a tenista japonesa foi multada no valor de 15 mil dólares pela falta de comparência. De acordo com a organização da prova, “a equipa de Roland-Garros pediu-lhe que reconsiderasse a sua posição e tentou, sem sucesso, falar com ela para averiguar o seu bem-estar, perceber os pormenores do seu problema e o que poderia ser feito para resolver isso no local”.
No comunicado pode ainda ler-se que “Naomi Osaka hoje escolheu não honrar as suas obrigações contratuais com os media”. A organização da prova foi ainda mais longe e, para além de afirmar que Osaka não esteve interessada em discutir o assunto, revela que “Naomi Osaka foi aconselhada de que se continuar a ignorar as suas obrigações com a imprensa durante o torneio, está a expor-se a mais infrações do Código de Conduta”.
Nesse sentido, Roland-Garros ameaça com a desqualificação da tenista nipónica e até com a suspensão da mesma em torneios do Grand Slam. “Como esperado, sucessivas violações [do Código de Conduta] atraem sanções mais duras, incluindo a desqualificação do torneio e o desencadear de uma investigação que pode levar a multas mais significativas e a futuras suspensões de torneios do Grand Slam“, pode ler-se.