OEIRAS — O azar bateu à porta de Nuno Borges, que estava bem encaminhado para desenhar mais uma vitória quando uma entorse no tornozelo esquerdo o obrigou a desistir do encontro com Gastão Elias nas meias-finais do Oeiras Open 4. Desolado, o jovem maiato de 24 anos não escondeu a desilusão, mas deixou sinais de um regresso para breve.
“Só o facto da conferência de imprensa não ser feita na sala do costume já explica tudo”, lamentou o tenista português em declarações “improvisadas” depois de receber os primeiros tratamentos. “Não é o fim do mundo, acontece e custa um bocadinho a aceitar, ainda mais porque estava a jogar uma meia-final e estava bem, com confiança e a jogar um bom ténis, com hipóteses de vencer este torneio… Num ponto estou a jogar como se nada fosse e no outro estou fora do encontro. Custa aceitar, mas vai passar rápido.”
Com poucos detalhes sobre a lesão e o período de recuperação, Borges afirmou que não ficará longe dos courts durante muito tempo e ainda fez uma análise ao encontro com o compatriota, que liderava por 6-4 e 5-5 (30-30) no momento da entorse. “Estava a jogar bem. Ele fez algumas mudanças ao jogo dele e tive de me adaptar, mas acho que lidei bem com isso e apesar dos altos e baixos do segundo set mesmo assim estava 5-5 e tive 0-30. Estava por cima e confiante. Fico triste por não poder terminar o jogo, mas pode ser que desta vez dê a vitória do Challenger ao Gastão”.
Em jeito de conclusão, Nuno Borges mostrou-se feliz por ter o compatriota do outro lado da rede num momento delicado como este: “Nesse aspeto tive sorte por ser o Gastão. Ele disse-me que estas coisas acontecem e para eu não me preocupar porque vou ter a oportunidade de ganhar mais destes. Tenho de acreditar nisso para voltar ainda mais forte.”
Apesar do final amargo, Nuno Borges vai sair do Oeiras Open 4 com um novo máximo de carreira: na próxima atualização do ranking ATP será o número 272.