OEIRAS — Este sábado haverá a reedição da meias-finas do Oeiras Open 2 no Oeiras Open 4, precisamente na mesma fase da competição. Gastão Elias e Nuno Borges estão em rota de colisão desde que saiu o sorteio e não defraudaram as expetativas. Esta sexta-feira, após os ‘game, set and match’ respetivos, os dois portugueses anteviram um duelo sem segredos entre ambos.
Ainda antes das atenções se virarem para o encontro mais aguardado até ao momento no torneio, Elias e Borges debruçaram-se sobre as vitórias dos quartos de final. Para o mais velho foi um triunfo mais trabalhoso, já que precisou de três sets. “O começo não foi fácil. Não considero que tenha feito um grande primeiro set, estava a ter algumas dificuldades em fazer a bola andar, sentia as condições lentas e tive algumas dificuldades nesse capítulo. Entretanto fui começando a acalmar-me e as coisas acabaram por começar a fluir. Um dos aspetos positivos é a parte física. Quando um jogo é muito intenso fisicamente tenho sempre tendência para achar que o outro está pior do que eu, tenho muita confiança no meu físico e portanto acho que isso também foi importante hoje e acho que, no geral, foi muito positivo ter conseguido dar a volta depois de uma facada mental no final do primeiro set e depois de tanta luta. Tive mérito em não me deixar abaixo, em entrar para o segundo set com uma boa atitude, intensidade e acho que isso fez logo a diferença no início e fez com que ele se fosse um pouco abaixo fisicamente, porque ele olhava para mim e acredito que achava que eu ainda estava mais ou menos bem fisicamente e isso acaba por ir minando a cabeça do adversário. Essa foi uma das chaves do jogo”, analisou Elias.
Para Nuno Borges, a vitória foi menos demorada, ainda que também complicada face à resistência do romeno Filip Cristian Jianu. “Ele obrigou-me a jogar no limite. Gostaria de ter feito mais um break no segundo set para ter mais margem, mas ele jogou muito bem e obrigou-me a estar sempre muito concentrado no serviço. Hoje joguei bem, principalmente nos momentos decisivos, e no geral foi um bom jogo da minha parte. Mantive-me focado e positivo no início ao fim”, considerou o maiato, que ontem tinha ficado insatisfeito com o seu nível, mas que esta sexta-feira não cedeu o ‘saque’ em nenhuma ocasião.
“Gosto sempre de jogar contra o Gastão. Sendo em terra batida é mais desafiante ganhar-lhe e os jogos contra ele são sempre muito desgastantes física e mentalmente”, avisou Nuno Borges, que não espera ‘borlas’ do adversário: “Continuo a sentir-me muito alerta porque sei que ele não me vai oferecer nada e vou ter de ser eu a ganhar os pontos. Normalmente ele é muito constante e eu sinto que sou a variante. Tenho de estar sempre num bom registo para conseguir ganhar.”
Por sua vez, Gastão Elias voltou a partilhar que “a não ser que mude completamente a minha forma de jogar, continuo a achar que o jogo dele encaixa um pouco no meu. Há certas coisas que me causam algumas dificuldades, mas o ténis é assim e tens de lidar com essas coisas e tentar arranjar soluções. Já jogámos várias vezes, sei o que ele vai fazer e ele o que eu vou fazer, portanto a minha arma secreta será encontrar uma solução tática diferente das outras vezes, e isso implica que ele tem alguma vantagem na dose de favoritismo. Vai obviamente ser um jogo duríssimo, o Nuno está a jogar muito bem e com muita confiança, mas espero que a minha experiência também me ajude em alguma coisa e possa sair com a vitória.”
O duelo de gerações acontece este sábado nunca antes das 13h e será o quinto entre ambos. O mais novo lidera com três vitórias para um desaire e venceu os últimos dois, o último dos quais a 10 de Abril nas meias-finais do Oeiras Open 2.