OEIRAS – Seis portugueses vão competir no quadro principal do Oeiras Open 4. Por capricho do sorteio, Gastão Elias e Luís Faria vão medir forças nesta segunda-feira e em jogo está um lugar na segunda ronda do último Challenger realizado no Complexo Desportivo do Jamor, razão suficiente para “chamar” os dois a uma antevisão especial.
“É sempre chato defrontar um português, mas é uma das facetas do ténis porque todas as semanas competimos e jogamos os mesmos torneios, sobretudo agora que há muito menos. Temos a felicidade de jogar um torneio em casa e de ter muitos portugueses no quadro principal, por isso é normal que estes duelos aconteçam”, afirmou Elias, que nas semanas anteriores no Jamor somou uns quartos de final, umas meias-finais e uma final.
Os resultados recentes do compatriota e os feitos ao longo da carreira estão bem presentes na cabeça de Faria, que nos últimos anos começou a partilhar o court com ele em várias ocasiões. “O Gastão fez quartos de final na última semana e nos Challengers anteriores jogou uma final e umas meias-finais, já foi número 57 do ranking… Vai ser muito complicado, mas vou dar o meu melhor e entrar em campo para desfrutar”, garantiu, depois de afirmar que o viu “muitas vezes na televisão.”
Os elogios são comuns aos dois tenistas, mas o favoritismo estará de um lado de um deles: Gastão Elias. “Eu sou o favorito e ele vai entrar sem pressão, o que é sempre perigoso”, alertou, acrescentando pouco depois que “já treinámos tantas vezes juntos que acredito que isso faça com que o Luís se possa esquecer daquilo que eu já fui e fiz no ténis, lidamos tanto um com o outro que isso acaba por desaparecer e faz com que eu seja mais um adversário que ele tem de defrontar, mas eu penso da mesma maneira.”
E porque amigos, amigos, encontros à parte, o mais velho dos dois portugueses desejou “um grande futuro” ao mais novo para lá do duelo desta segunda-feira, importante para arrancar mais uma semana que lhe pode significar nova subida importante no ranking ATP. Finalista, semifinalista e quartofinalista nas três semanas de ATP Challenger Tour no Jamor, o ex-top 60 ATP mostrou a boa disposição do costume quando desafiado a ir um passo mais longe ao longo dos próximos dias, alertando que a “escadinha” tanto pode seguir para um lado (título), como para o outro (derrota precoce) e que, por isso, há que “valorizar os adversários que aqui estão.”