Pedro Sousa: “Cometi poucos erros e acho que foi isso que fez a diferença”

Sara Falcão/FPT

O lisboeta Pedro Sousa assegurou esta quarta-feira um lugar nos quartos de final do Oeiras Open 125. O triunfo frente ao holandês Botic Van de Zandschulp garantiu ainda que o tenista de 32 anos vai passar a ser o novo número um nacional na próxima atualização do ranking. No final do encontro, o 111.º classificado do ranking ATP passou pela sala de imprensa do Complexo Desportivo do Jamor para analisar o encontro e a mais recente conquista.

“Sim, hoje acho que fiz um grande jogo. Em relação a ontem, melhorei, que era o mais importante. O adversário também tinha um estilo completamente oposto. Ajudou um bocadinho à festa e estou contente por ter passado”, começou por dizer o português. “Tive o mérito de ser bastante regular, de ter atacado quando tinha de atacar. Cometi poucos erros e acho que foi isso que fez a diferença”, acrescentou.

O tenista de Lisboa serviu a 5-1 no segundo set para fechar o encontro, mas foi quebrado nesse momento. Contudo, não achou que tal tivesse sido por ceder à pressão: “Acho que se formos ver, levei com quatro bombas ou o que foi, mais uma paulada e ele fez o break. Acho que não havia muito a fazer, ele estava naquele registo e nesse jogo acabaram por entrar os quatro tiros que ele mandou e acabou por me fazer o break, mas mantive-me sólido e quebrei-o logo a seguir”.

Sem hesitar na hora de dizer que “o importante era ganhar, seja em uma hora ou em três”, Pedro Sousa abordou ainda a questão do estatuto de número um português que vai herdar de João Sousa e realçou que tal nunca foi um objetivo. “Acho que é isso é só um número e também nunca foi o meu principal objetivo nem algo que me tirasse várias vezes o sono, por isso não me faz muita diferença. Preferia estar melhor no ranking, estar a fazer um ano melhor, estar a jogar melhor nos últimos torneios do que joguei”, disse, antes de enviar uma palavra de apreço ao vimaranense: “Que seja uma questão de tempo até voltar a fazer resultados que nos habituou e a voltar a subir no ranking onde ele já provou que merece estar”.

Os quartos de final são para Pedro Sousa a “fase engraçada do torneio”, já que “há mais pontos a valer e a pressão é maior”. O próximo adversário do lisboeta é o francês Hugo Gaston, que o tenista luso admite não conhecer muito bem. “Sei que fez um grande Roland-Garros no ano passado, fez terceira ou quarta ronda e ganhou alguns jogos a bons jogadores. Acho que vai ser um estilo de jogo mais parecido com o Dzumhur. Tem muita mão, corre muito, é canhoto, luta bastante. São as poucas coisas que tenho dele. Vamos ver como corre”, afirmou. Corra como correr, uma coisa é garantida: “Mesmo que perca amanhã já não vai ser uma semana negativa, mas espero ir ainda mais longe”.

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