A sexta edição do Millennium Estoril Open chegou este domingo ao fim e coroou Albert Ramos (singulares) e Hugo Nys e Tim Puetz (pares) como campeões. Após a final de singulares, João Zilhão, diretor do torneio, deslocou-se à sala de imprensa do Clube de Ténis do Estoril para fazer o balanço da prova e prometer um regresso ao mais próximo possível da normalidade já em 2022.
“Olho para 2022 com muita esperança. Olho para daqui a 365 dias e vamos voltar a um Millennium Estoril Open muito perto da normalidade. Para mim, a normalidade é o que aconteceu entre 2015 e 2019, em que esgotamos as bancadas, tivemos a nossa área corporate a rebentar pelas costuras e um evento de enorme sucesso”, afirmou Zilhão em conferência de imprensa.
No que toca à edição deste ano, o sentimento é de dever cumprido: “É um balanço de extrema satisfação, de extremo orgulho pelo evento se ter realizado. Foi um desafio enorme em termos financeiros, logísticos e operacionais para conseguir realizar o evento este ano, com estas dificuldades todas. Durante dez meses estivemos a trabalhar sobre bastantes cenários, sempre a achar que iríamos ter algum público, mas infelizmente acabámos com zero público”, disse.
As restrições implicaram, naturalmente, consequências na vertente financeira: “Dificultou imenso a contabilidade do evento, a parte financeira foi muito afetada quando um evento desta natureza não pode ter espetadores, não pode vender bilhetes nem vender camarotes. Toda a parte de patrocinadores foi extremamente afetada, porque é uma das áreas que eles mais valorizam no nosso evento, o poder convidar os seus clientes, terem os seus camarotes, a sua zona de relações públicas. Ainda assim, estamos contentes pelo evento se ter realizado com muito sucesso”.
O azar com as lesões de vários nomes sonantes do quadro também não escapou aos comentários do diretor da prova: “Tivemos cá grandes nomes. Infelizmente, alguns ou se lesionaram ou não jogaram o melhor ténis. Isso é uma coisa que não controlamos, os resultados desportivos. Em todos os torneios sabem que há surpresas, há desistências, há lesões. Faz parte de um torneio de ténis. Como tal, temos que viver com aqueles que estão com saúde e que podem realmente jogar e jogar o seu melhor”, disse, antes de classificar a final deste domingo como “uma grande final, entre dois excecionais competidores”.
No que diz respeito ao feedback dado pela ATP à organização da prova, João Zilhão mostrou-se também muito satisfeito: “Um relatório de excelência, de 14 ou 15 páginas, da ATP só a falar de coisas boas, do profissionalismo. Não encontraram falhas. Toda a parte de testagem e combate à Covid foi muito elogiada. Recebi um telefonema do David Macey, vice-presidente da ATP e que esteve a acompanhar a prova, a dizer-me que estamos de parabens porque esta prova é uma prova que orgulha a ATP pela forma como mostra o melhor que se passa dentro e fora do court nas várias plataformas que temos”.