Francisco Cabral: “O Nuno jogou do melhor ténis que já o vi apresentar”

Sara Falcão/FPT

A semana histórica de Nuno Borges no Millennium Estoril Open chegou esta quarta-feira ao fim, na sequência da derrota frente a Marin Cilic. Na hora de fazer o balanço, o Raquetc foi falar com o parceiro de todas as horas do tenista maiato e que esteve ao seu lado quase como um treinador durante esta semana: Francisco Cabral, tenista português e um dos bons amigos de Nuno Borges.

“Não é a primeira semana que eu e o Nuno estamos juntos no mesmo torneio, e em princípio também não deve ser a última. Apesar de ser um ATP, mantivemos as nossas rotinas habituais em praticamente tudo, quer treino quer descanso”, começa por dizer o tenista do Porto em relação a como viveu a semana ao lado de Borges, com quem venceu recentemente um título de pares no Oeiras Open.

No que diz respeito à prestação do amigo, Francisco Cabral só tem elogios a fazer: “A nível da prestação dele e daquilo que eu o vi jogar, acho que jogou do melhor ténis que já o vi apresentar e sem dúvida que foi a semana mais marcante da carreira dele até agora”. A amizade entre ambos leva a que esta não seja a primeira vez que Cabral está no “canto” do parceiro a dar força, uma situação que encara como natural: “Não é a primeira vez porque, como disse, estamos muitas vezes juntos, somos amigos e jogamos muitas vezes pares juntos. Portanto acaba por ser um bocado natural para mim quando perco nos singulares e ainda estamos em pares apoiá-lo a fazer o melhor que ele consegue. Gosto de estar a apoiar claro, é algo da minha personalidade, é muito meu amigo, por isso porque não?”.

Na ausência do treinador João Maio, que orienta tanto Borges como Cabral, acabou por ser este último a estar sentado no lugar do treinador em todos os encontros. Longe de querer ser um treinador, Cabral diz que se limita a transmitir algumas dicas: “O treinador do Nuno é o João Maio, o mesmo que o meu. Apenas tento transmitir ao Nuno aquilo que é a minha maneira de ver o jogo dele e onde é que o jogo dele pode encaixar no do adversário, nada de mais nem nada muito alongado. Faço-o porque sinto que ele confia no que eu lhe digo e caso contrário também não me sentia à vontade para o fazer”.

Apesar de não ter tido a oportunidade de jogar o Millennium Estoril Open, este acaba por ser também um torneio de muita aprendizagem para Francisco Cabral, que pôde ver de perto alguns dos melhores tenistas do circuito ATP. “Felizmente tenho tido a oportunidade de nos últimos anos estar aqui esta semana. Já joguei uma vez, este ano não foi possível, mas é sempre bom estar neste ambiente e perceber o que os “bons” fazem de diferente, as suas rotinas e com essa observação tirar um bocadinho de cada um e tentar aplicar em nós mesmos”, conclui.

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