Nuno Borges: “Foi a minha melhor semana e só tenho de tirar coisas positivas”

O português Nuno Borges despediu-se esta quarta-feira do Millennium Estoril Open, depois de ter sido derrotado pelo croata Marin Cilic (42.º ATP) em três sets. O tenista maiato passou pela sala de imprensa do torneio e abordou o encontro com o campeão da edição de 2014 do US Open.

Foi um bom jogo no geral, só tenho de estar satisfeito. Custa-me muito perder, seja contra quem for, mas ele mereceuganhar”, começou por dizer o tenista de 24 anos. “Jogou muito bem nos momentos mais importantes, serviu muito bem e achei que ele esteve por cima. Eu estava um bocadinho à mercê dele. No primeiro consegui aproveitar muito bem as oportunidades, depois andei sempre ela por ela. Senti que o terceiro podia perfeitamente ter calhado para o meu lado, mas não consegui e ele manteve-se firme até ao fim”, acrescentou.

Ainda sobre o encontro, o número 331 mundial confessou não se ter sentido confortável em batalhar do fundo do court com o ex-número três mundial (que deixou elogios ao jovem português): Não me senti nada confortável do fundo do campo contra ele, o meu serviço não pareceu nada de especial comparado com o dele, mas são coisas que tenho de melhorar para jogar ao ritmo e velocidade dele.

O encontro foi interrompido por duas vezes devido ao aparecimento da chuva, mas o tenista português não considerou que isso tivesse sido um fator diferenciador: A interrupção se calhar até me favoreceu a mim, acabei por sair beneficiado, mas depois a paragem acho que entrámos os dois mais ou menos bem e acho que não foi isso que fez a diferença”.

Na hora de fazer o balanço da primeira participação num torneio ATP, Nuno Borges está claramente satisfeito. Foi provavelmente o melhor momento da minha carreira. Foi o meu primeiro ATP e consegui entrar logo a ganhar, só tenho de tirar coisas positivas daqui apesar de estar um bocadinho triste por não ter ganho hoje e sem dúvida que foi muito importante para a minha carreira”, disse.

Nuno Borges sai do Clube de Ténis do Estoril com a possibilidade de se estrear no top 300 mundial, sendo que ocupa nesta altura exatamente o virtual 300.º posto da hierarquia. Questionado sobre se considera estar longe do nível ATP, o tenista luso diz que a amostra ainda é curta para perceber: Não sei, acho que preciso de competir mais a este nível para perceber. Todos jogam de maneira diferente e o ténis dele fez-me sentir que estava muito à espera do que acontecesse, era muito difícil comandar os pontos. Ele tomava iniciativa mesmo quando eu achava que não havia chance. Andei um bocadinho atrás da bola, tentei tirar partido do serviço que era a única coisa que podia realmente ganhar pontos comigo no comando, porque na resposta a primeira bola era muito agressiva. Ele também falhava muito, mas é o jogo dele e fiquei a sentir que estava só à espera que ele falhasse mais uma ou outra para quebrar o ritmo e tentar desequilibrar, mas não senti que o desequilibrei assim tanto. Por isso é que saio um pouco com esta sensação de desconforto, porque ele puxou-me muito para trás no campo em relação a outros jogadores com que joguei esta semana”.

Notícia atualizada pela última vez às 17h46.

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