Richard Gasquet: “Ainda gosto de estar aqui e é por isso que continuo no circuito”

Millennium Estoril Open

O francês Richard Gasquet regressou esta terça-feira ao Millennium Estoril Open e com o apuramento para a segunda ronda do torneio, no qual se sagrou campeão na edição inaugural de 2015. Aos 34 anos, Gasquet tem vindo a batalhar com lesões – pelo meio esteve também infetado com a Covid-19 – e o encontro desta terça-feira foi apenas o terceiro do francês em terra batida desde a edição de 2020 de Roland Garros.

“Não joguei muito este ano. Tive algumas lesões no início do ano e tive Covid há duas semanas, por isso é muito complicado regressar ao circuito. Sei que fisicamente não estou no meu melhor, mas estou a tentar sentir-me melhor e mais forte no court”, começou por dizer o tenista francês. “Sei que preciso de tempo. Na semana passada, em Barcelona, foi o meu primeiro torneio, mas pude jogar três horas. Estou a começar a sentir-me melhor fisicamente e é muito importante ter ganho este encontro com o Londero, que é um bom jogador. Estou feliz com a forma como joguei, lutei muito e estou contente com a vitória”, acrescentou.

Numa análise mais específica ao encontro com Juan Ignacio Londero, Gasquet mostrou-se satisfeito, mas ainda assim reconheceu ter passado um momento menos bom – liderou por 4-1 no segundo set e Londero chegou a servir a 5-4 para fechar – no encontro. “Talvez ele tenha jogado muito na minha esquerda, mas eu também cometi alguns erros. Estava a ganhar 6-3, talvez 4-1 no segundo set. Comecei a cometer erros, não me senti tão bem no court. Mas não é fácil, não joguei muito este ano. Tive muitos problemas com o meu corpo, especialmente depois do Covid. Sei que é difícil voltar ao circuito, mas estou mesmo feliz. É importante para mim vencer um jogo, poder jogar outro e tentar o meu máximo para ser melhor”, disse.

Com uma carreira marcada por um calvário de lesões, Richard Gasquet continua sem desistir. À beira de completar o 35.º aniversário, o francês continua a sentir-se feliz a jogar e vai continuar a fazê-lo enquanto assim for: “Tive muitas lesões no passado, este ano com o meu pé e o ano passado também foi difícil. Estou a passar por dificuldades agora, mas continuo com uma mentalidade fresca. Ainda gosto de estar aqui e é por isso que continuo no circuito. Sei que não vou jogar muitos mais anos até me retirar, mas estou a tentar ao máximo ser bom, sentir prazer no court e lutar. Espero estar melhor fisicamente no futuro”.

Em ano de Jogos Olímpicos e depois do afastamento de Benoit Paire da seleção francesa, Richard Gasquet poderá estar na calha para ser um dos quatro atletas a representar o país e assume que Tóquio é um objetivo. “Os Jogos Olímpicos são um objetivo, ficaria muito feliz por lá voltar. Temos muitos jogadores franceses, qualquer um pode lá chegar, mas tento o meu melhor para lá estar. Ainda existem muitos torneios antes, muitos torneios importantes para mim. Vamos ver, se puder fazer parte, ficarei muito feliz”, afirmou.

Na segunda ronda, Richard Gasquet vai defrontar o chileno Cristian Garin, com quem nunca mediu forças antes. Questionado sobre como se prepara um encontro contra alguém que nunca se defrontou, o francês afirmou que “vai acontecer cada vez mais” devido à entrada de jovens jogadores no circuito e deixou elogios ao chileno: “É um grande jogador. Vi-o pela televisão, às vezes ao vivo. Sei que é muito bom, que pode chegar ao top 10 muito em breve. Tem um bom jogo, uma boa mentalidade, é muito sólido e muito rápido no court. Sei que vai ser difícil para mim. Mas estou pronto para o enfrentar, estou feliz por estar aqui e poder jogar outro encontro. É uma oportunidade para treinar, para me sentir mais forte em court. Vai ser um grande jogo”.

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