Denis Shapovalov: “Estou aqui para tentar ter mais alguns encontros”

O canadiano Denis Shapovalov é o primeiro cabeça de série da edição de 2021 do Millennium Estoril Open, na sequência da desistência de Diego Schwartzman. O tenista de 22 anos decidiu vir ao Clube de Ténis do Estoril já em cima da hora, para substituir o lesionado Grigor Dimitrov, e falou à comunicação social esta segunda-feira.

“Decidi muito tarde, penso que eles me mandaram uma mensagem na sexta-feira à tarde a perguntar se queria jogar”, começou por dizer Shapovalov, em relação ao momento em que decidiu viajar para Portugal. “Falei com o Mischa [Mikhail Youzhny, o seu treinador] e com a minha equipa e decidimos que seria melhor tentar ter mais alguns encontros antes de Madrid, para jogar mais alguns pontos e é isso que quero mesmo ter esta semana”, acrescentou o canadiano.

Em relação aos problemas que tem tido com o ombro, Shapovalov diz não estar totalmente recuperado, mas não é nada que o impeça de jogar: “O ombro está bem. Ainda o sinto, mas não é nada sério, é algo que me permite jogar. Estou aqui só para tentar ter mais alguns encontros”.

O plano inicial de Denis Shapovalov era de viajar para a Grécia, onde tem casa, para “relaxar alguns dias antes de ir para Madrid. Contudo, mudar os planos não foi propriamente difícil para o número 14 mundial: “Foi uma transição muito rápida, Portugal é muito próximo de Espanha. Foi muito fácil, porque eu ia ficar de qualquer forma uns três ou quatro dias a treinar com o Mischa em Barcelona e depois ia para a Grécia. Foi apenas uma questão de decidir se queria jogar ou não, se queria mais encontros”.

Questionado sobre se o seu jogo em terra batida está ao mesmo nível do ano passado, em que atingiu as meias-finais do Masters 1000 de Roma, Shapovalov disse não achar que “esteja como estava”. O tenista canadiano afirmou que o torneio italiano foi apenas o “seguimento de um grande torneio em Nova Iorque”, numa altura em que “estava a jogar com muita confiança, ainda que estivesse com jetlag e o corpo não estivesse bem”.

Para esta temporada, Denis Shapovalov disse não ter uma nova tática para jogar em terra batida, apesar de admitir que a superfície o leva a responder profundo mais vezes, “para ganhar algum tempo e poder começar o ponto mais atrás”. Contudo, realçou que isso “depende do adversário, depende do serviço e da situação”. No que diz respeito a diferenças no seu jogo na terra batida, Shapovalov não hesitou: “Em qualquer superfície, tento ser agressivo e avançar no court. Na terra batida apenas tentas construir um pouco mais os pontos, tentas ser um pouco mais paciente, porque muitos jogadores estão recuados e o piso é mais lento. É difícil bater na bola e avançar logo. Tens de esperar pela bola certa”.

A terminar, o primeiro cabeça de série do Millennium Estoril Open, que tem acesso direto à segunda ronda e ainda espera por adversário, falou sobre as expectativas – que não existem – para a temporada de terra batida: “Sem expectativas. Só quero encarar um jogo de cada vez e focar-me em mim mesmo. Quando o meu jogo está ao melhor nível, posso ser muito perigoso. Agora, só quero ter boas sensações e trazer esse jogo cá para fora. Acho que posso ir longe nestes torneios e tive muito sucesso em Madrid e Roma. Acho que são locais onde posso jogar um ténis muito bom e estou ansioso por chegar ao court e jogar cada encontro. Adoro jogar, não interessa onde nem contra quem. Adoro jogar, dominar e jogar agressivo. Vou continuar a fazer o que faço e espero conseguir ir longe”.

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