Nuno Borges garantiu este domingo a presença no quadro principal do Millennium Estoril Open, na estreia em torneios ATP. No final do encontro com Roberto Carballes Baena, que venceu em dois sets, o tenista da Maia não escondeu tratar-se de um sonho concretizado.
“É um sonho tornado realidade. Sinceramente, não achei que ia ter sequer hipótese de jogar o qualifying. Desde aí já tem sido uma experiência muito boa e ainda estou perplexo”, começou por dizer o tenista de 24 anos. Em relação ao encontro deste domingo, Borges mostrou estar satisfeito com o nível apresentado: “Joguei muito bem e é o exemplo de que é sempre possível ganhar. Um jogo é um jogo e estando assim focado e a jogar bem, o outro também pode ter um momento baixo e conseguir duvidar de si próprio. Consegui executar tudo muito bem, no geral fiz um jogo muito bom e estou muito contente pelo nível que tenho apresentado”.
Contente por ter conseguido fazer o jogo “da maneira que queria”, Nuno Borges confessou que não esteve a “mudar coisas para fora da zona de conforto” na preparação para defrontar Carballes Baena. O tenista português acabou o encontro em grande, tendo perdido apenas um ponto ao serviço a partir do momento em que chegou ao break na segunda partida. “Também senti que ele não conseguiu responder tão bem. Consegui servir muito bem e graças a Deus que não vacilei com o momento. Senti que tinha o jogo na mão”, comentou.
O número 331 mundial, que “nem estava à espera de jogar o qualifying”, classificou a experiência no Clube de Ténis do Estoril como “incrível e única”, ao mesmo tempo que garantiu: “Provavelmente o highlight da minha carreira, sem dúvida”.
Nuno Borges ainda não sabe quem vai defrontar no quadro principal, sendo que as opções são quatro: Jeremy Chardy, Jordan Thompson, Marin Cilic ou Alexander Bublik. Questionado sobre uma eventual preferência, o maiato nem hesitou: “Quanto melhor ranking, acho que melhor. Vou poder também desfrutar mais do momento. Com qualquer um dos jogadores ali presentes, estaria satisfeito”. Seja qual for o primeiro adversário de Borges, o maiato deixou uma promessa: “É para dar tudo”.