Frederico Silva despediu-se este domingo da variante de singulares do Millennium Estoril Open. O caldense foi derrotado por Jaume Munar na última ronda da fase de qualificação e já só está em prova no quadro de pares. No final do encontro, o número três nacional analisou o que aconteceu dentro do court.
“Acabou por ser um bocado o esperado. Um jogo que ia ser fisicamente bastante duro, psicologicamente também muito duro. É um jogador que obriga a estar sempre no jogo, obriga a jogar sempre mais uma bola e eu sabia que o jogo ia depender também um bocadinho de mim, da forma como eu aproveitasse as minhas oportunidades e as bolas que ele me ia deixar para pegar no ponto”, começou por dizer o número 171 do ranking ATP. “Foi sempre isso [pegar no ponto] que procurei durante o jogo todo. Senti que não tive ainda o ritmo e a confiança suficientes para fazer isso durante o jogo todo”, acrescentou.
Na ótica do tenista de 26 anos, o elevado número de erros não-forçados acabou por ser crucial, mas Frederico Silva considera que tinha de ter fechado o primeiro parcial, no qual teve três set points. “Acabei por fazer mais alguns erros não-forçados do que devia e isso também fez com que o jogo tenha caído mais para ele. De qualquer das formas, fiz o que tinha de fazer. Acabei por perder muito mal o primeiro set, devia tê-lo ganho. A partir daí foi difícil encarar o segundo set e a reviravolta”, disse.
Depois de uma paragem nas últimas semanas para debelar um problema físico, Frederico Silva realizou no Clube de Ténis do Estoril os primeiros dois encontros da temporada em terra batida e sai do torneio de singulares com boas sensações: “Foi o meu segundo jogo em terra batida este ano, vim também de duas, três semanas em que estive mais parado a recuperar de uma lesão. Obviamente, agora estou desiludido e sei que o jogo poderia ter tido um desfecho diferente, mas por outro lado estou confiante de que vou ganhar a forma e que os próximos torneios também poderão correr bem”.
A derrota nos singulares não significa o adeus do caldense à edição de 2021 do Millennium Estoril Open, uma vez que vai fazer parceria com Pedro Sousa no quadro de pares, uma variante onde Frederico Silva possui dois títulos do Grand Slam no escalão de juniores. A parceria é inédita, mas o tenista das Caldas da Rainha está confiante: “Não me lembro de ter jogado nenhum torneio com o Pedro, mas obviamente vai ser um bom encontro. Vamos tentar ao máximo passar aqui a primeira ronda e já que estamos os dois de fora nos singulares, quem sabe, fazer um bom torneio de pares. Até podemos encaixar bem no jogo um do outro, nunca se sabe. Amanhã vou treinar com ele à tarde e também vamos trocar umas ideias para ver a melhor forma depois de encarar o jogo”.
