Hercog veio a Portugal praticar e sai com um “bonito troféu” para o currículo

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Chegou sem expetativas ao Oeiras Ladies Open e vai rumar ao WTA de Istambul com um troféu extra na bagagem. Polona Hercog era a jogadora mais cotada em competição – fruto dos três títulos no circuito maior e o 76º lugar no ranking, a única top 100 – e não deixou os créditos por mãos alheias. Somou três triunfos no Jamor e este domingo não precisou de bater uma bola, visto que Clara Burel, a sua opositora, não tinha os tornozelos aptos para a final.

“Estou muito feliz por vencer, ainda que não tenha sido da forma que desejava, com todas as emoções de vencer um encontro. Mas claro que estou muito feliz por ter aquele bonito troféu. Ontem foi um dia duro para toda a gente, acho que todas estávamos muito cansadas, com alguns problemas físicos e espero que não seja nada de grave com a Clara. Desejo-lhe o melhor, ela teve uma grande semana. Para mim também foi uma grande semana, exatamente a semana que desejava”, começou por dizer a eslovena de 30 anos, aludindo à jornada dupla necessária no sábado para reajustar o a programação, já que a chuva não deu tréguas nos primeiros dias.

A antiga 35 do mundo, posto alcançado já em 2011, apenas soube que não ia competir na grande final cerca de meia hora antes do início do embate, já tinha concluído todas as rotinas matinais habituais, incluindo o treino no court Central com o seu técnico Zeljko Krajan. “Fiquei surpreendida.  Foi um azar para o torneio porque a final é o pico da semana, havia televisão e tudo, mas estas coisas acontecem no desporto”, lamentou.

Chegou a Portugal com o intuito apenas de ganhar ritmo competitivo e somou três triunfos “muito diferentes”. “Comecei esta semana à procura do meu jogo e depois de mês, mês e meio de preparação estávamos à procura desta semana de prática. É claro que tenho objetivos maiores, mas tento gerir as minhas expetativas porque é fácil jogar bem nos treinos, as expetativas sobem, e nos jogos podemos baixar o nível. Por isso tento não pedir demasiado de mim, tento transpor a qualidade dos treinos e não olhar apenas para os resultados. Os resultados são a consequência de se jogar bem”. Hercog irá agora tentar continuar a boa forma e levar a confiança adquirida no Jamor para voos maiores, com o top 50 à vista.

No entanto, a partida promete ser apenas um ‘até já’, visto que “as pessoas aqui são todas muito simpáticas”. E se não for para competir é para descobrir o país. “Gostava de voltar a portugal e aproveitar um tempo livre, sentir a cidade, o país, a cultura. Quando jogamos torneios não temos muito tempo livre e não aproveitamos tudo o que a cidade tem para oferecer. Seria bom passar aqui umas férias ou uns dias livres”.

 

 

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