OEIRAS — Confirmaram-se as piores previsões e Gonçalo Oliveira foi forçado a desistir da meia-final do Oeiras Open frente a Pedro Cachin devido a uma lesão nas costas. Ainda assim, fica na história pessoal do portuense a quinta vez em que chegou a esta fase em nível Challenger e a vontade de competir em Portugal muito em breve.
“Desde o jogo com o [Oscar] Otte que tenho estado com uma lesão nas costas, não o tenho escondido de ninguém. Ontem estive o dia todo em tratamento com o Daniel, com a Sofia e com o Tomás do CAR, senti-me um bocadinho melhor à tarde mas a verdade é que de noite tive muitas dores e não fazia sentido continuar assim”, comentou Oliveira, que ontem, aquando da interrupção pela chuva, liderava por 5-4 o primeiro set da meia-final. “Ontem os atrasos foram bons para mim, deram-me tempo para o tratamento e as costas estavam um pouco melhores. Ontem o jogo foi bom, foi duro, fui agressivo, mas à noite nem dormi bem, estava com as costas doridas, tentei alternar entre quente e frio na zona da lesão para tentar melhorar, mas não resultou”.
Este domingo, o tenista de 26 anos foi logo quebrado de entrada e só conseguiu amealhar um jogo (perdia por 7-6(4) e 4-0 quando abandonou). “Quase não consegui servir, doía bastante, e era difícil bater a direita. Não pude ser agressivo. Tentei aquecer bem, ativar o melhor possível, entrar quente, mas a verdade é que nem assim consegui. Tentei ganhar o primeiro set, mas logo após perdê-lo e estar com breaks abaixo só ia piorar a lesão”, referiu.
“Deixa-me triste porque em condições normais conseguiria fazer um jogo bom, igual ou melhor do que ontem. Mas a servir tão lento como estava não conseguia fazer mossa no Pedro. com o Otte estava a sacar a 214 km/h, aqui estava a 120 e é uma grande diferença, assim já não posso ser agressivo e entrar no court. Hoje esstava a correr atrás do prejuízo”, lamentou Gonçalo Oliveira, que ainda assim leva muitas coisas positivas deste Oeiras Open. “Fiz uns jogos bons, ainda que tenha feito o pior jogo do ano frente ao Trungelliti na primeira semana. Mas foi agradável, treinei bem, senti-me em casa e tenho vontade de voltar ao Maio quando se realizar o próximo”.
Segue-se, agora, uma deslocação até Belgrado para o Challenger fortíssimo local (um dos mais fortes da categoria), onde entra como special exempt. Ainda assim, as expetativas para ingressar na fase de qualificação em Roland Garros, o grande objetivo a curto prazo, não são animadoras. “Se tivesse ganho aqui tinha hipóteses e em Belgrado não tenho grandes hipóteses com as costas assim. Só me resta depois mais uma semana, em Tallahassee. Ao mesmo tempo defendo, nessa semana, 23 pontos, o que não é nada agradável. Fica complicado mas há sempre esperanças até ao fim”.