Nuno Borges: “Não esperava estar em duas finais”

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Este domingo há dose dupla de Nuno Borges. Uma semana depois de deixar escapar um match point na primeira ronda do Oeiras Open contra o futuro campeão, Zdenek Kolar, Nuno Borges superou as próprias expetativas e qualificou-se para a final de singulares do segundo Oeiras Open. E não só: também está na final de pares, razões que fazem desta uma semana inesquecível e, como o próprio confessou, totalmente inesperada.

“Não esperava estar em duas finais. Na primeira semana perdi na primeira ronda e agora estou aqui na final. Não sei explicar. É um jogo de cada vez e de alguma maneira aqui estou, com uma oportunidade de ganhar o torneio duas vezes”, frisou o maiato, bastante feliz por disputar o derradeiro encontro em ambas as variantes e aliviado por não ter entrado em court novamente este sábado para a final de pares, adiada para amanhã, depois da final de singulares. “Iria ser desgastante, mais mentalmente do que fisicamente”.

O apuramento para a final de singulares foi às custas de Gastão Elias, em três sets duros e com algumas interrupções devido ao mau tempo. “Foi um encontro de muitos altos e baixos como nos anteriores. Houve muitas paragens devido à chuva, logo no aquecimento parámos três vezes, e foi um pouco frustrante e duro conseguir estar sempre bem activo e pronto para jogar. Não consegui ganhar aquele primeiro set, apesar de ter entrado muito bem. Fiquei um bocadinho maluco, a perder a cabeça. A paragem ajudou-me a conseguir acalmar e voltar a entrar mais positivo no segundo set. Ainda estou a tentar perceber como fui buscar o jogo, o segundo e terceiro sets foram muitos duros e estou muito orgulhoso. A meio do encontro achava que não ia ganhar, mas fui atrás do jogo e consegui“,, analisou o atual campeão nacional absoluto.

“Procurei estar por cima do ponto. Joguei muito pela esquerda dele, ele também gosta de jogar muito pela minha esquerda, tentei não lhe dar a direita inside-out. Houve um ou outro ajuste, mas apesar de as condições serem diferentes o jogo acabou por ser muito o mesmo dos anteriores em que nos defrontámos. Houve mais trocas de bola do que eu gostaria, devia ter subido mais à rede para terminar os pontos, aproveitando o facto de ele usar muito o slice para ganhar tempo e espaço”, disse Borges na sala de conferências de imprensa.

Esta foi a terceira vitória do tenista de 24 anos, em quatro duelos oficiais, sobre Gastão Elias. O mais experiente tinha dito minutos antes que o ténis de ambos encaixava em favor do mais novo dos dois. Borges concorda. “Eu gosto de tirar tempo e a bola dele é capaz de me ser confortável, mesmo em terra batida, para eu poder jogar a cruzada baixa nele. Eu consigo estar a maior parte dos pontos por cima mesmo na terra batida, apesar de ter de trabalhar muito mais o ponto nesta superfície”.

A chuva impediu que hoje se tivesse conhecido o adversário de Nuno Borges na sua primeira final Challenger na carreira, quando Gonçalo Oliveira liderava por 5-4 face a Pedro Cachin ainda no primeiro parcial. “Conheço os dois mais ou menos bem. o Gonçalo nunca joguei contra ele, mas já treinei muitas vezes e tenho andado a vê-lo. o Pedro Cachin joguei este ano na Tunísia [vitória em dois sets para Borges]. Qualquer um dos dois estou confortável para jogar e é para ganhar”.

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