Kuzmanov reencontra amigo Gastão Elias na melhor fase da carreira

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Aos 27 anos, Dimitar Kuzmanov está pronto para novos rumos. Depois de três tentativas barradas por duas lesões e uma revolução no ranking pré-pandemia, o búlgaro entrou esta semana no top 250 ATP pela primeira vez na carreira após disputar pela primeira vez uma final no circuito Challenger e não se quer ficar por aqui. Apurado para os quartos de final do Oeiras Open, o número 243 mundial é o próximo adversário de Gastão Elias, de quem, aliás, só teve boas coisas a dizer.

“Foi a minha primeira final e infelizmente foi decidida com um ponto de diferença, mas mesmo perdendo foi uma boa batalha e deu-me muita confiança”, desabafou o simpático tenista búlgaro na conferência de imprensa que se seguiu à vitória sobre Ernesto Escobedo na terra batida do Estádio Nacional do Jamor.

Na conversa com os jornalistas, Kuzmanov referia-se à final que perdeu, há semana e meia, no Challenger de Zadar (Croácia), para Nikola Milojevic por equilibrados 6-2, 2-6 e 7-6(5) — o tal “ponto de diferença”.

“Era suposto jogar aqui na primeira semana, mas cancelei porque era difícil chegar e jogar, estava muito cansado por isso decidi concentrar-me nesta semana. Estou com o meu melhor ranking de sempre e a ganhar cada vez mais pontos em cada vitória. O meu objetivo é lutar para entrar no qualifying de Roland-Garros e nos outros torneios do Grand Slam”, acrescentou Kuzmanov, que se mostrou otimista em relação ao futuro.

“Tive azar por algumas vezes. Nas duas primeiras vezes em que estive perto dos 250 primeiros tive lesões graves, que me afastaram durante muito tempo, e na terceira vez houve a mudança das regras relativamente aos pontos, que me fez descer vários lugares. Ter estado perto deste ranking em três ocasiões significa que tenho nível, só preciso de mais sorte e de oportunidades, bem como ficar saudável durante todo o ano”, explicou o compatriota de Grigor Dimitrov, que apontou a participação na ATP Cup de 2020, em que a Bulgária atingiu o nono lugar, como “o momento mais especial da carreira.”

Na primeira passagem pela sala de imprensa do Jamor, Dimitar Kuzmanov desfez-se em elogios a Portugal — “temos tudo o que queremos e só tenho a agradecer a quem organiza os eventos, sobretudo nestes tempos difíceis. Ainda em outubro [a propósito do Lisboa Belém Open] falámos entre nós de que raramente vemos este nível de organização noutros torneios durante o ano” — e também a Gastão Elias, o seu próximo adversário.

“Somos muito bons amigos. Hoje encontrámo-nos depois dos nossos encontros e perguntámos um ao outro o que é o que o outro fez e trocámos umas piadas por nos encontrarmos na sexta-feira. Conhecemo-nos há muito tempo e já treinámos várias vezes juntos. Vai ser duro, o Gastão também está em boa forma, fez uma final na semana passada e está a jogar em casa”, concluiu o jogador de 27 anos.

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