OEIRAS — Nuno Borges está pela primeira vez nos quartos de final de um Challenger devido ao triunfo sobre o italiano Raul Brancaccio em três. No final do embate, o maiato deslocou-se à sala de conferências de imprensa do Oeiras Open e estava, naturalmente, contente pelo novo passo na carreira.
“Foi mais um marco na minha carreira, um pequeno passo. Estou muito feliz por ter ganho hoje”, soltou Borges logo na fase embrionária da conferência. “Hoje senti que era um jogo que tinha de ganhar e por isso custou-me mais fazer o meu jogo”, observou.
Sobre o duelo, o tenista de 24 anos sentiu que “quis mais do que ele” e apenas lamentou ter desperdiçado o ascendente no segundo parcial. “O que me deixou mais frustrado foi o completo desligar que tive no 2-1, a servir a 40-15. Deixei de sentir, perdi o foco, deixei de me mexer, perdi a minha tensão e deixei as coisas virarem sem razão nenhuma. Estava por cima do jogo, estava controlado e aí tive um momento mais negro no segundo set. Tenho de aprender a manter o foco”, relatou Borges, que diz ter-se lembrado do match point não concretizado na primeira ronda da primeira edição face ao futuro campeão Zdenek Kolar, ainda que como motivação. “Estava a servir festa vez, estava mais no controlo. Mas pensei nesse momento mais numa de ‘desta vez não vou deixar fugir’, vou-me agarrar a isto. Passou-me pela cabeça esse momento não como algo negativo, mas mais como ‘vou aprender com isto e vou-me agarrar desta vez mais ainda’ “
“Quanto mais alto o nível, mais dificuldades vou ter. Mas ali senti que fui eu que o deixei voltar. Vou ter de passar mais por isto, fazer mais asneiras. A experiência também conta para conseguir manter aquele foco mental”, afirmou o maiato, que na sexta-feira, nos quartos de final, vai encarar o francês Manuel Guinard, após este hoje ter derrotado o compatriota Hugo Grenier por 6-4 e 6-1. “Ele é um jogador que serve bem e pancadas fortes de fundo do campo”, analisou Nuno Borges.