Tiago Cação rejubila: “Foi dos melhores jogos que fiz na minha carreira”

Sara Falcão/FPT

OEIRASTiago Cação voltou a chegar à segunda ronda do Oeiras Open (na primeira edição foi ainda mais longe até aos quartos de final, primeiros da carreira a níveis Challenger) e no final estava, naturalmente, radiante com o resultado e com a exibição produzida no triunfo sobre o francês Tristan Lamasine.

“Estou bastante feliz. Foi um dos melhores jogos que fiz na minha carreira em termos de opções táticas, atitude e ao nível de como geri o encontro”, começou por dizer o penichense após a vitória sobre o oitavo cabeça de série e 255 do ranking ATP.

Mais motivado do que nunca, Cação tem uma explicação para a crença que demonstrou hoje em court. “Era um jogo que eu não queria mesmo perder. Acordei com os pés de fora (risos). Não queria deixar este jogo escapar, nem vou querer os próximos. Se calhar estou mais empenhado, mais concertado fora do campo e isso reflete-se dentro do court ao nível de atitude e das opções que tomo. Estou a preparar-me da melhor forma e estou a recuperar bastante bem para treinar e jogar com boa preparação física. Este jogo é o resultado da soma das escolhas que eu tenho feito”.

Sobre o seu mais cotado opositor, o número 551 ATP abordou as chaves do duelo. “Fui o mais agressivo que podia ser. Quando comecei a puxar por mim e pelo jogo senti que ele teve uma quebra física e mental, mas foi por minha culpa, porque eu se lhe dou tempo para jogar ele é um excelente jogador e toma conta do jogo perfeitamente”, analisou o português, que hoje respondeu bem atrás e colocou imensas respostas bem profundas. “Eu tenho uma bola pesada e tenho facilidade de pôr a bola a andar, sobretudo de direita. Ao responder atrás obrigava-o a jogar todos os pontos e estava a conseguir responder com qualidade. Sentia-o asfixiado. Com a dinâmica de jogo com que estava, ele teve de começar a mudar a tática, a subir mais à rede, mais agressivo e consegui tirá-lo da zona de conforto, ele é que se teve de ajustar emudou várias vezes de tática. Ele é um excelente jogador ao nível da cintura, mas quando lhe tiro a bola daí ele fica um pouco mais perdido e foi isso que consegui fazer o jogo todo”.

Na próxima ronda, o tenista de 23 anos vai medir forças com o carismático Mischa Zverev, outrora 25 do mundo. “Vai ser um encontro difícil como espero que sejam todos os jogos a este nível. Ele é um excelente jogador, mas eu sei que também o sou. Parece que agora não está tão bem e sei que aqui na terra é uma superfície mais desconfortável para ele. Além disso, ele vem para o jamor que é onde eu estou mais confortável. Vou para cima dele como fui hoje frente ao lamasine”, garantiu, confiante nas suas possibilidades de repetir a fase dos oito melhores, ainda que sem qualquer responsabilidade. “Aqui sou sempre underdog, não tenho nada a perder. Sou 550 do mundo, a pressão está do lado deles (risos). O meu adversário de hoje está 300 posições acima da minha, o Mischa é 250 ou perto disso. Estou sempre sem pressão aqui”.

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