Miguel Gomes: “Este Oeiras Open foi muito importante para o meu crescimento como atleta e como pessoa”

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Miguel Gomes passou pela sala de conferências de imprensa após a eliminação do Oeiras Open às custas de Raul Brancaccio (336 ATP) e, apesar da natural tristeza, fez um balanço muito positivo dos seus primeiros encontros a nível Challenger da carreira.

“Hoje não me senti bem. Senti que joguei muito longe do meu ténis. Ele estava muito rodado, a semana passada tinha feito um bom resultado, tinha passado jogos do qualifying, fez quartos de final e esteve perto de fazer meias-finais. Eu estava um pouco nervoso, era um dia muito importante para mim e não consegui fazer nada, não agarrei muito bem a oportunidade, mas lutei até ao fim. Estou feliz pela oportunidade dada pela Federação, mas triste pelo resultado” começou por analisar o jovem de 17 anos, explicando de seguida o que correu mal em termos táticos. “Não fiz mossa com o serviço e estava muito atrás no campo, tinha de ser mais agressivo. Este não é o meu jogo. Não estava confortável, a bola estava a sair muito curta e tinha de ter entrado mais no court. Ele é muito forte no fundo do campo e varia muito bem com amorties e bolas cruzadas curtas”.

“Este Oeiras Open foi muito bom para o meu crescimento como atleta e como pessoa. Foi uma experiência que me dá muita humildade. Joguei contra 2 grandes jogadores, os resultados não foram bonitos, mas espero continuar a ter oportunidade de jogar estes torneios e trabalhar para não precisar de jogá-los com wild ard e sim com o meu próprio mérito”, disse o jogador natural de Alcobaça, referindo-se às derrotas frente a Evan Furness no primeiro torneio (6-3 e 6-1) e ao desaire deste domingo frente a Raul Brancaccio (duplo 6-1), ambos na fase de qualificação.

“Falta-me experiência. Quando treino frente a melhores jogadores sinto que o nível é semelhante, mas em jogo as coisas são sempre diferentes. No entanto, acho que pouco a pouco estou a chegar lá. Hoje [este domingo] estou triste, mas amanhã {segunda-feira] vou para o campo melhorar o que tenho a melhorar e penso que estou no bom caminho, acho que vou conseguir lá chegar”, afirmou.

Miguel Gomes, Henrique Rocha e Jaime Faria são três jovens tenistas do CAR a quem se augura um bom futuro e os três estão a dar os primeiros passos entre os maiores e passam praticamente 24 horas por dia juntos. “Nós somos mais ou menos da mesma idade, estamos todos mais ou menos no mesmo nível e cada um tem as suas particularidades. Todos os dias ficamos chateados nos treinos porque queremos sempre ganhar, estamos muitas vezes picados, mas isso é bom pois tiramos o melhor de nós. Ao início, quando entrei no CAR, não tinha ninguém da minha idade que me ajudasse a fazer melhor a transição, mas agora com eles tem sido muito bom, estamos a treinar bem, e estamos confiantes na nossa evolução. Temos de continuar a trabalhar e ainda bem que somos amigos e podemos trabalhar todos os dias juntos porque vamos evoluir e conquistar coisas todos juntos”.

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