OEIRAS — A história de amor entre Portugal e o checo Zdenek Kolar continua. Depois de ter alcançado em Braga (2019) uma das sete meias-finais que trazia na bagagem quando aterrou em Lisboa e de ter vencido a última edição do Maia Open na variante de pares, Kolar bateu Gastão Elias na final do Oeiras Open para somar o primeiro título Challenger da carreira.
“Este título ficará na minha memória toda a minha carreira e toda a minha vida”. A frase de Kolar em conferência de imprensa não surpreende, mas ficou-nos na retina pela economia de palavras proferidas pelo atual 246 do ranking ATP (vai subir pouco mais de 20 lugares com esta vitória), que ainda fez juras de amor ao nosso país. “Foi uma semana fantástica para mim e estou feliz por conseguir o título em Portugal, um país bastante agradável. O sentimento por ganhar é extraordinário e só tenho a agradecer à organização e a todas as pessoas muito simpáticas com que me cruzei”.
Sobre o duelo vencido por 6-4 e 7-5 houve um momento em destaque: após Gastão Elias serviu para fechar o segundo set, o checo conquistou três jogos consecutivos para arrecadar a final. “Eu quebrei-me a mim próprio a 4-4. a 30-15 fiz 3 erros fáceis, mas acreditei que o podia quebrar de volta. No 1º ponto fiz um winner na resposta e foi grande vantagem para acreditar que podia quebrar. depois do 5-5 senti que estava melhor e consegui vencer”, analisou o tenista de 24 anos.
Com apenas três triunfos em 2021, Kolar admitiu ter feito “pequenas mudanças” que fizeram a diferença – ainda que tenha sido muito mais passivo na análise quando comparado com o ténis que produz em court – para sair como campeão no Oeiras Open.
Sem nenhum acompanhante com ele em Lisboa, em especial o seu pai e treinador, Zdenek Kolar confidenciou o carinho recebido a partir da sua cidade natal, Bystrice Nad, local com apenas cerca de oito mil habitantes. “Em casa todos viram a final e mandaram muitos parabéns. Estou muito feliz pelo apoio. O título é também para eles”.
