OEIRAS — Tiago Cação tem motivos para sorrir. Aos 23 anos e depois de últimos anos mais difíceis, o penichense apurou-se esta quinta-feira pela primeira vez para os quartos de final de um torneio Challenger após derrotar o mais cotado (272.º) Mats Moraing.
Chamado a avaliar o duelo, Cação não foi parco na locução do momento. “Esta vitória é um misto de sensações. Ainda estou sem palavras, não consigo acreditar, mas é para isto que ando a trabalhar todos os dias. Isto prova que o que ando a fazer nos últimos tempos é o caminho e às vezes não é fácil acreditar quando os resultados não aparecem. Estou bastante contente por finalmente ter uns resultados bastante positivos”, referiu. “É uma das vitórias mais importantes nos últimos tempos, sem dúvida, e é a que tem mais significado para mim”.
Findo o embate de mais de duas horas, a primeira reação do tenista português foi ligar ao pais. “São as pessoas que mais me apoiam e queria ser o carinho deles”, enalteceu, não escondendo que a a chuva (a 3-2 do terceiro set com vantagem para o alemã) o poderá ter ajudado. “A paragem fez-me bem. Saí do campo, tomei banho e aproveitei para estar ativo o máximo possível para entrar com tudo, pois havia a possibilidade de ele não fazer o mesmo e foi isso que aconteceu. Senti-o um pouco pesado e quis aproveitar para fazer logo ali a diferença e saltar para cima dele”.
“Este triunfo mostra que tenho nível para jogar aqui e é um começo”, enalteceu o tenista do CAR, ainda que tenha admitido ter como grande foco o impor o seu jogo sem olhar muitos aos quadros e aos adversários. Ainda assim, antevendo o embate com o favorito Zdenek Kolar esta sexta-feira (246 ATP e oitavo cabeça de série), Cação deixou uma garantia: “É só mais um jogo. Mas esta é a minha casa, tenho esse ascendente, estou motivado, e quero que ele venha a Portugal sofrer contra os portugueses”. Está dado o primeiro winner dos quartos de final.