Gastão Elias feliz “por voltar a ter a oportunidade de jogar os quartos de final de um Challenger”

Sara Falcão/FPT

OEIRAS — Quase dois anos depois, Gastão Elias (358.º do ranking ATP) voltou a carimbar a passagem para os quartos de final de singulares de um torneio do ATP Challenger Tour, ao rubricar a segunda recuperação consecutiva no Oeiras Open, e não escondeu a importância do momento.

“Estou confiante. Já não jogava os quartos de final de um Challenger há algum tempo, portanto fico feliz por voltar a ter esta oportunidade, sobretudo sendo aqui em Portugal”, desabafou o ex-top 60 mundial na flash interview à Sport TV, logo após derrotar o espanhol Roberto Ortega-Olmedo por 3-6, 6-1 e 6-3.

“Estou feliz pela vitória, não tanto pela forma como joguei hoje. Um pouco por causa da primeira ronda [qual recuperou da desvantagem de 4-1 no último set] hoje sentia-me mais preso, não cansado, mas um pouco mais lento. Mas à medida que o encontro se desenrolou fui-me sentindo cada vez melhor e na parte final já me sentia como um peixe dentro de água”, revelou, já em conferência de imprensa, que aproveitou para fazer uma análise mais detalhada ao adversário que teve pela frente.

“Considerava-me superior ao meu adversário e apesar de ter perdido o primeiro set e de não ter começado bem acreditava plenamente que ia vencer. Senti que ele estava no limite, enquanto eu estava bastante abaixo do meu nível de hoje e isso deixou-me tranquilo, porque sabia que conseguia virar o jogo. Obviamente que isto é arriscado, mas o importante foi ter mantido a tranquilidade e lutar com as armas que tinha hoje. Foi mais pernas e pulmão do que propriamente nível de jogo, mas o desporto profissional é mesmo assim”, acrescentou o tenista português de 30 anos, que conta com sete títulos Challenger no currículo.

Nos quartos de final, os primeiros que disputará a este nível desde julho de 2019, em Nur-Sultan, Gastão Elias vai defrontar o eslovaco Alex Molcan (279.º), um adversário que só ficará a conhecer nas próximas horas: “Não conheço absolutamente nada, nunca o vi jogar. Sei que ele é esquerdino, mas de resto… O trabalho de casa vai ser feito pelo Guilherme [Balboa, treinador]. Ele gosta muito de ver ténis, vê muitos encontros e acredito que vai ver alguns jogos dele antes de falar comigo. Mas basicamente vou para o jogo com o meu plano já definido e acredito que se fizer bem aquilo que eu faço serei o favorito, respeitando o meu adversário ao máximo e tendo alguma cautela.”

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