O jovem português Miguel Gomes sagrou-se, esta sexta-feira, vice-campeão da 51.ª edição do Banana Bowl, um dos cinco torneios da categoria Grade A, que é a mais importante do circuito mundial de sub-18 a seguir aos quatro torneios do Grand Slam e ao Masters.
A realizar o oitavo encontro dos últimos cinco dias, o tenista de apenas 17 anos (67.º do ranking mundial) só foi travado na grande final pelo chinês Juncheng Shang (5.º), com os parciais de 6-2 e 7-6(4).
Em Criciúma, no estado de Santa Catarina, Brasil, Miguel Gomes protagonizou uma caminhada notável desde o qualifying e resistiu aos vários acontecimentos de uma semana cheia de peripécias, que entre a chuva e o confinamento entretanto decretado (que entra em efeito às 23h desta sexta-feira) teve de ser drasticamente encurtada, dando origem a alterações no formato dos encontros (com short sets no qualifying e terceiros sets em formato de match tie-breaks nos quadros principais).
O jovem jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis tornou-se no terceiro português a jogar a final de singulares do Banana Bowl, depois de João Cunha e Silva (1985) e de Frederico Gil (2003), e no sétimo português a jogar a final de singulares de um torneio Grade A — também Nuno Marques (Caracas, 1987), Frederico Silva (Cidade do México, 2012) e Duarte Vale (Cidade do México, 2016) o conseguiram, com o melhor resultado a pertencer a Michelle Larcher de Brito, que em 2007 conquistou o Orange Bowl.
A final no Banana Bowl permite a Miguel Gomes somar mais 350 pontos para o ranking, o que significa que passará a fazer parte do top 30 mundial (a melhor classificação de um português desde que Duarte Vale chegou a 14.º em janeiro de 2017).