Novak Djokovic derrotou Daniil Medvedev por 7-5, 6-2 e 6-2 para conquistar o Australian Open pela nona vez na carreira. É o 18.º título em torneios do Grand Slam para o sérvio, que volta a aproximar-se dos rivais Roger Federer e Rafael Nadal.
Número um mundial, o tenista sérvio transformou um mês conturbado (marcado numa primeira instância pela carta durante o período de quarentena, mais tarde pela lesão na zona abdominal que lhe valeu críticas sobretudo pela forma como foi comunicada) em mais uma passagem de sonho por Melbourne, onde tudo começou: foi em 2008 que Djokovic conquistou o primeiro título em torneios do Grand Slam, ao derrotar Jo-Wilfried Tsonga, e é em Melbourne que é, cada vez mais, o recordista de títulos na Era Open.
Com as expetativas em alta, Djokovic transformou um encontro altamente antecipado numa lição, ao colocar um ponto final na série de 20 vitórias consecutivas (12 das quais frente a jogadores do top 10) de Medvedev com uma das exibições mais autoritárias do torneio, em contraste total com uma performance muito aquém das anteriores por parte do russo, que vinha dos títulos no Masters 1000 de Paris, no ATP Finals e na ATP Cup.
Dono e senhor do Australian Open, Novak Djokovic cimentou ainda mais o estatuto de líder de títulos no Grand Slam dos Antípodas (mais do que ele só Margaret Court, com 11, mas apenas quatro na Era Open) e, sobretudo, intensificou a perseguição aos arquirrivais Federer e Nadal, ambos com 20 títulos em “Majors”.