Novak Djokovic conquistou este domingo o Australian Open pela nona vez na carreira. No final do encontro, o sérvio apresentou-se na sala de imprensa de Melbourne Park e não escondeu a felicidade… e o alívio. Depois do episódio com a juiz de linha que o desqualificou no US Open, Djokovic reconheceu a necessidade que tinha de vencer na Austrália.
“Precisava realmente de vencer este torneio. A desqualificação do US Open afetou-me muito em termos mentais e emocionais, porque me sentia muito bem e não tinha perdido nenhum jogo antes daquilo. Tive altos e baixos durante o resto da temporada por causa disso, senti muito a falta do público, mas consegui superar e terminar como número um. Queria começar bem a temporada e sinto que este torneio me dá uma energia positiva extra e me permite jogar com muita confiança”, disse o líder do ranking mundial.
A lesão contraída no encontro frente a Taylor Fritz deu muito que falar, com Djokovic a superar todas as eliminatórias que se seguiram e com a especulação a aumentar em torno do seu problema físico. O sérvio voltou a dar garantias de que a lesão é real e garantiu que o processo de recuperação durante o torneio poderá ser visto em breve. “Sei que tem havido muita especulação, de pessoas que não acreditam que estou lesionado ou que consideram impossível que tenha recuperado tão rápido. Todos terão a oportunidade de ver o que tivemos de fazer quando estrear o documentário que estou a gravar, que prevejo que saia no final do ano”, afirmou.
Depois dos elogios a Daniil Medvedev, que considera ser “um tipo humilde” e que “vai ter uma carreira esplendorosa”, Djokovic destacou ainda que poderá focar-se muito mais em vencer Grand Slams agora que sabe que se vai tornar no jogador com mais semanas na liderança do ranking em toda a história. “Saber que vou ser o jogador com mais semanas no número um em toda a história é um alívio e permite-me focar muito mais nos Grand Slams. Os meus objetivos vão mudar e terei que fazer ajustes no calendário. A julgar pela situação da pandemia no mundo, não vai ser fácil jogar muitos torneios e estar acompanhado pela minha família”, começou por dizer.
“Não me sinto cansado, mas tenho claro que a nível biológico devo gerir os esforços. É um sonho tornado realidade continuar a vencer torneios assim, e ainda mais vendo como cada vez mais jogadores desafiam o Big 3. De hoje em diante, o meu objetivo é ganhar mais títulos do Grand Slam e todos os meus esforços estão centrados nisso. Não planeio ficar em casa o ano todo e jogar só Grand Slams, mas são o meu grande objetivo”, concluiu.