Aos 23 anos, a número três mundial Naomi Osaka conquistou, este sábado, o segundo título da carreira no Australian Open e o quarto em torneios do Grand Slam.
A jogar a primeira final como favorita indiscutível, a tenista japonesa reagiu bem à pressão e derrotou a norte-americana Jennifer Brady (número 24 mundial e estreante em finais deste nível) em duas partidas, pelos parciais de 6-4 e 6-3.
Tal como nas rondas anteriores, Osaka entrou no encontro com um ténis ofensivo e depois de fechar rapidamente o primeiro jogo de serviço não demorou a causar muitas dificuldades a Brady, que depois de salvar um longo primeiro jogo no seu “saque” não resistiu à segunda investida da japonesa.
Se o primeiro serviço foi uma pancada fundamental para a norte-americana conseguir lutar até ao fim pelo encontro nas meias-finais do último US Open, que só perdeu por 7-6, 3-6 e 6-3, este sábado a tenista natural da Pensilvânia não pôde contar com a mesma segurança e isso refletiu-se em todo o jogo: Osaka foi, desde cedo, a tenista que mais dificuldades causou e reagiu bem às duas situações em que se viu em apuros, primeiro quando perdeu o break de vantagem e depois quando enfrentou um ponto de break ao 4-4, ao pressionar (desde a resposta ao serviço) Brady a cometer erros que lhe valeram a conquista da primeira partida.
Depois de um primeiro set equilibrado, marcado por excessivos erros não forçados, o nível de Osaka subiu de rompante e valeu à japonesa uma caminhada muito tranquila na segunda partida, na qual deixou evidente o ténis que faz dela a melhor jogadora da atualidade.
A vitória deste sábado foi a 21.ª consecutiva de Naomi Osaka, que não conhece o sabor da derrota desde o dia 7 de fevereiro de 2020 e que, tal como em 2019, conseguiu repetir a proeza de vencer o Australian Open depois de vencer o US Open (desta vez, por causa da pandemia, jogou-se Roland-Garros pelo meio, mas a nipónica optou por não fazer a viagem até Paris).
Os quatro títulos conquistados em torneios do Grand Slam permitem-lhe, com apenas 23 anos, juntar-se a um muito restrito grupo de tenistas em atividade com pelo menos quatro títulos no circuito feminino: Kim Clijsters (que se retirou por duas vezes e falhou o regresso a Melbourne depois de ficar infetada com covid-19, que também tem quatro títulos), Venus Williams (sete) e Serena Williams (23).
E a um ainda mais restrito grupo de jogadores que desde o início da Era Open venceu as quatro primeiras finais de “Major” disputadas: Monica Seles e Roger Federer.