Foi uma verdadeira montanha russa de emoções e ascendentes aquela que resultou na eliminação de Stan Wawrinka na segunda ronda do Australian Open, dois dias depois de se ter exibido a um bom nível para derrotar o português Pedro Sousa no encontro de estreia.
Campeão em 2014, o suíço (18.º do ranking ATP) perdeu por 7-5, 6-1, 4-6, 2-6 e 7-6(9) para o húngaro Marton Fucsovics (55.º) depois de 4h03.
Depois de perder os dois primeiros sets, Wawrinka reagiu muito bem e assumiu o controlo do encontro para chegar à igualdade em apenas 64 minutos. Mas no parcial decisivo o equilíbrio foi restabelecido e ao oitavo jogo até foi Fucsovics quem abriu a primeira ferida, ao quebrar o serviço ao ex-top 3 para se colocar a servir para a vitória. No entanto, a resposta voltou a ser rápida e, depois de devolver o break, Wawrinka forçou o tie-break do quinto set.
Na Austrália o “tira-teimas” decisivo é, desde 2020, jogado até aos 10 pontos e foi por isso que o helvético não teve logo cinco match points assim que chegou ao 6-1, mas minutos depois conseguiu fazer o 9-6 e ficou numa posição privilegiada para consumar a reviravolta. Mas não estava escrito: com cinco pontos consecutivos, Fucsovics conseguiu fintar o destino e apurar-se para a terceira ronda do Australian Open pela terceira vez nas últimas quatro edições — ele que nas duas ocasiões em que o fez foi sempre um passo mais longe, até aos oitavos de final.
Com a vitória, o húngaro marcou encontro com Milos Raonic, que depois de perder o primeiro set conseguiu confirmar o estatuto de 14.º cabeça de série e superar o francês Corentin Moutet por 6-7(1), 6-1, 6-1 e 6-4.