Foi a grande história da última madrugada e promete continuar a dar que falar: Tennys Sandgren testou positivo à covid-19 na segunda-feira, mas recebeu uma “autorização especial” do governo australiano e da Tennis Australia para viajar de Los Angeles para Melbourne, onde tal como todos os outros jogadores cumprirá a quarentena obrigatória de 15 dias.
O relato foi feito pelo próprio tenista, atual número 50 do ranking ATP, nas redes sociais, onde deu a conhecer as dificuldades que teve em embarcar — todos os passageiros do avião, com cerca de 20% da lotação, chegaram a regressar à porta de embarque antes de levantar voo — e o final feliz.
Diagnosticado com covid-19 em novembro, o tenista norte-americano de 29 anos voltou a testar positivo na segunda-feira, mas recebeu “autorização especial” para viajar porque as autoridades entendem que já não há risco de contaminação.
Como explicou uma das responsáveis pelas autoridades de saúde de Victoria, estado que tem Melbourne como capital, “é frequente que pessoas que já tenham testado positivo ainda tenham presentes pequenas partículas do vírus que podem resultar noutro teste positivo”, podendo, por isso, tratar-se do chamado falso positivo, apesar do cenário ainda não estar totalmente confirmado.
Em comunicado, a Tennis Australia explicou que a permissão a Tennys Sandgren só foi concedida após consulta com as autoridades de saúde de Victoria.
A situação pode significar uma luz ao fundo do túnel para Andy Murray, que esta quinta-feira anunciou que testou positivo à covid-19. O ex-número um mundial terá conhecido o resultado do teste já há alguns dias e só apresenta sintomas ligeiros, pelo que pode dar-se o caso de recuperar a tempo e receber uma autorização especial para viajar depois do período obrigatório, desde que ainda lhe seja possível cumprir os 15 dias de quarentena antes do arranque do Australian Open (8 de fevereiro).