Frederico Silva ultrapassa o qualifying do Australian Open e faz história

Beatriz Ruivo/FPT

Frederico Silva qualificou-se, esta quarta-feira, para o quadro principal de um torneio do Grand Slam pela primeira vez, ao somar uma das melhores vitórias da carreira para ultrapassar o qualifying do Australian Open, que devido à pandemia se jogou, excecionalmente, em Doha, no Qatar.

Depois de derrotar o ex-top 50 Lukas Lacko (200.º) e o ex-número um mundial de juniores Nikola Milojevic (138.º ATP) para igualar o melhor resultado da carreira a este nível, Frederico Silva venceu, com distinção, o primeiro cabeça de série Gregoire Barrere (110.º) por 6-3 e 6-4.

Aos 25 anos, o tenista natural das Caldas da Rainha tornou-se no 11.º tenista português da história a inscrever o nome no quadro principal de um torneio do Grand Slam, seguindo os passos de Nuno Marques, João Cunha e Silva, Frederico Gil, Rui Machado, Michelle Larcher de Brito, Neuza Silva, Maria João KoehlerJoão Sousa, Gastão Elias e Pedro Sousa.

Superado o grande objetivo com que viajou para Doha, Frederico Silva e o seu treinador, Pedro Felner, enfrentarão nos próximos dias um cenário inédito no ténis mundial: a viagem para Melbourne, entre os dias 15 e 16 de janeiro, num dos 18 voos privados reservados pela Tennis Australia e uma quarentena obrigatória de duas semanas à chegada ao país, durante a qual apenas estarão autorizados a ausentar-se do quarto de hotel por cinco horas por dia para acederem aos courts e restantes instalações de treino, como ginásios.

A situação será comum a João Sousa e Pedro Sousa, os dois tenistas portugueses que já tinham garantido voo para Melbourne graças à entrada direta no quadro principal (o vimaranense integrou desde início a lista, o lisboeta ocupou o lugar vagado por Roger Federer).

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